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Título: A verdade sobre nós.
Título original: The truth about you e me.
Autora: Amanda Grace.
Editora: Intrínseca.
Nº de páginas: 208.
Sinopse: Madelyn Hawkins está cansada. Cansada de ser sempre
perfeita. Cansada de tirar A em tudo. Cansada de seguir à risca os planos que
os pais fizeram para ela. Madelyn Hawkins está cansada de ser algo que não é,
algo que não quer ser. E então ela conhece Bennet Cartwright. Inteligente,
sensível, engraçado. A seu lado, ela se sente livre e independente. Uma
história que poderia muito bem ter um final feliz, não fosse por um detalhe:
Maddie tem apenas 16 anos, e Bennet, além de ter 25 anos, é seu professor.
Pressionada pelos pais a participar de um programa para jovens talentos, Maddie
pula dois anos do Ensino Médio e vai direto para a faculdade, onde conhece e se
apaixona pelo professor de biologia. O sentimento é recíproco, e para dar uma
chance àquele novo relacionamento que lhe faz tão bem, ela decide não contar
para Bennet sua idade. Não demora muito para que as coisas comecem a dar
errado, e as consequências da farsa de Maddie ganham contornos devastadores
quando a verdade vem à tona.
Nota Pessoal:
Dois personagens separados por dez anos. Dois personagens separados
pelas condições de professor e aluna. Dois personagens que tinham tudo para
viverem uma linda – e devastadora – estória de amor. Madelyn e Bennet. Bennet e
Madelyn. Ela tem 16 anos. Ele, 25. Duas pessoas que tiveram suas vidas modificadas pela atração proibida
que sentiam um pelo outro.
Amanda Grace se propôs a contar uma boa estória. Quando li a sinopse
desse livro a única coisa que consegui pensar foi “esse livro vai ser realmente intenso”, mas não pude deixar de me
sentir um pouco frustrado quando virei a última página. Talvez minha frustração
se deva ao fato de que criei muita expectativa, especulei demais, achei que
por se tratar de uma paixão proibida a atração entre os dois personagens seria
mais crível e palpável.
Não é bem assim que as coisas acontecem. Ou não é exatamente que as coisas acontecem. A atração de Madelyn por Bennet
é insubstancial – tão insubstancial a ponto de ser obsessiva – mas o que
realmente incomoda é de como essa atração é negligenciada por Bennet. Ele é um
personagem pouco consistente e pelo livro ser narrado através de cartas
escritas por Madelyn, pouco se sabe como é o Bennet de verdade. Você pode me
perguntar: mas se ela se sente tão
atraída pelo cara como pode dizer que ele é pouco consistente? Ele deve ser
tipo “o cara”. É nesse ponto que quero chegar. Pela obsessão que Madelyn
tem por ele, o mínimo que se espera é que o personagem tenha uma personalidade
forte e seja “tudo isso”, porém ele não é – pelo menos não a ponto de
justificar o modo como a Madelyn se sente com relação a ele.