sábado, 5 de janeiro de 2013

[Resenha] A Travessia - William P. Young


Título: A Travessia
Título Original: Cross Roads
Autor: William P. Young
Editora: Arqueiro
Nº de Páginas: 238
Sinopse: Um derrame cerebral deixa Anthony Spencer, um multimilionário egocêntrico, com coma. Quando “acorda”, ele se vê em um mundo surreal habitado por um estranho, que descobre ser Jesus, e por uma idosa que é o Espírito Santo.
À sua frente se descortina uma paisagem que lhe revela toda a mágoa e a tristeza de sua vida terrena. Jamais poderia ter imaginado tamanho horror. Debatendo-se contra um sofrimento emocional insuportável, ele implora por uma segunda chance.
Sua prece é ouvida e ele é enviado de volta à Terra, onde viverá uma experiência de profunda comunhão com uma série de pessoas e terá a oportunidade de reexaminar a própria vida. Nessa jornada, precisará “enxergar” através dos olhos dos outros e conhecer suas visões de mundo, suas esperanças, seus medos e seus desafios.
Na busca de redenção, Tony deverá usar um poder que lhe foi concedido: o de curar uma pessoa. Será que ele terá coragem de fazer a escolha certa?


Nota Pessoal:

Sensível, profundo e estritamente transformador, seriam adjetivos por demais gastos, para definir a grandiosidade do livro.

Quando soube do lançamento fiquei muito entusiasmado, por se tratar de uma obra, cujo autor escreveu, o que para mim é um dos livros mais fantásticos já lançados, “A Cabana”.

Com uma narrativa intensa, somos apresentados a vida de um homem rude, desprezível e extremamente arrogante. Anthony, ou simplesmente Tony, perdeu sua mãe – a pessoa que mais confiava – ainda criança, o que consequentemente deixou rastros irreparáveis em sua alma e em seu coração.

Não acreditando em um Deus superior, e muito menos em uma vida após a morte, Tony, após sofrer um derrame, que o deixa em coma, se vê em um lugar estranho, surreal, e ao mesmo tempo...fantástico.

“ – Abrace Jesus, Anthony. Nada de mal poderá lhe acontecer se você se abraçar a Jesus. E pode ter certeza de uma coisa...Ele nunca deixará de abraçar você” Pág: 21

Um homem ‘estranho’. Uma velha gorda e baixinha. Jesus e o Espírito Santo. Em ‘carne e osso’, ali, na frente de Tony.

Tony então descobre-se em um espaço ‘físico’ semelhante ao seu coração. Um lugar onde foi construído muros altíssimos, quase que um refúgio, e uma pequena cabana, morada do Espírito Santo.

Mas e Deus? Onde Deus entra nessa estória? Ele simplesmente não existia na vida de Tony. Ele não ‘habitava’ naquele espaço, onde os maiores medos, temores e alegrias de Tony alojavam-se.

Começa aí uma busca irrefreável pela salvação. Transformações acontecerão na vida de Tony, e esse homem rico, egocêntrico e rude que ele foi em vida. Ele ganha uma nova chance de reparar seus erros, e é mandado de volta a terra, porém, ele viveria dentro de diversas pessoas, tentando compreender a percepção que cada uma tinha da vida, problemas e Deus.

“A Travessia” é um livro realmente magnifico e transformador. Seguindo a mesma linha de “A Cabana”, William P. Young escreveu uma obra singular e estritamente bela.

Sua narrativa é muito intensa, e por vezes me peguei ao longo da leitura, largando o livro pela avalanche de emoções que o mesmo me causava. Reflexões surgiram ao longo da estória, e com certeza, você não verá a vida após a morte do mesmo jeito que antes.

Não, não é um livro espírita. É um livro sobre Deus, amor e vida. O ponto alto do livro é a transformação de Tony. A amizade com Jesus e a confiança em Deus e no Espírito Santo, faz com que Tony sinta-se mais leve, mais confiante.

Uma escolha. Um poder. Quem você salvaria se lhe fosse dado o poder de salvar qualquer pessoa?! E se esse pessoa incluísse você mesmo, estando à beira da morte, em uma sala de UTI?!
Um grande dilema surge na estória de Tony. Um poder dado pelos três, sendo um só – Deus, Jesus e o Espírito Santo – dá a Tony a chance de curar alguém. Mas quem ele curaria?! Ele poderia se curar. Ele poderia curar a garotinha que estava com câncer, que fazia parte da família que Tony conheceu ao ser enviado novamente a terra. Ele poderia salvar ‘n’ pessoas que sofrem constantemente e diariamente.
Ele seria capaz de fazer essa escolha, conscientemente?! E você?! Seria?!

Um livro ímpar, que nos apresenta uma verdade peculiar e renovadora, “A Travessia” revela que Deus tem propósitos muito maiores daqueles que imaginamos.
Não o encaro como um livro de auto-ajuda –e ele não é. Porém é um livro capaz de passar mensagens puras, com atos que podem ser adotados no nosso dia-a-dia.

Como o próprio autor sugere: “Espero que este livro incentive você a ter conversas sinceras sobre vida, Deus e o amor...”. Ele me incentivou. Você que leu “A Cabana” irá amar “A Travessia”, e você, que ainda não se rendeu aos encantos das estórias criadas pelo William, renda-se. E veja que Deus é maravilhoso e pode nos curar de formas distintas e profundas.

BOA LEITURA!!!


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6 comentários:

  1. Se não é espírita... defende posturas espíritas. É sobre isto que precisamos atentar. Ou então, o que afirmar sobre a comunicação entre Tony e o seu filho Gabriel (morto aos cinco anos)... ainda existe uma ânsia no garoto, quando reclama ao pai o fato dele (Tony) mantê-lo preso ali, através do auto-sofrimento, quando ele precisa partir. Fere os padrões bíblicos. Mas se vc conhece a verdade bíblica, é ler e reter apenas o que é bom e correto.

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    1. Nonato agradeço por seu comentario ,lendo o livro apartir da historia da vovó até Cabby, comecei a achar o livro meio estranho até senti vontade de parar de ler estão procurei resposta ,e achei aqui , ainda não sei se vou parar antes de acabar mas obrigada por esclarecer minha duvida,se é espirita ou não,sem dizer que acho ele meio cansativo pela riqueza de tantos detalhes,,,,obrigada,,,,,,bjo

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  2. Sou cristão e li o livro. Achei muito interessante e acredito que seja divinamente inspirado. No entanto temos que ter em mente que se trata de uma ficção. Os fatos ali - apesar de ser reais no conceito mais amplo - não são verdadeiros. Acredito que se quisermos ver algo proveitoso no livro encontraremos. Se não fosse assim não estudaríamos física na escola, já que ela quer provar a origem das coisas sem a existência de Deus.

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