Título: O Teorema Katherine
Título original: An Abundance of Katherines
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
N° de páginas: 302
Sinopse: Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.
Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.
Nota Pessoal:
“Ela falava ‘eu te amo’ como se fosse um segredo; e um dos grandes...” Pág: 9
Inteligente, divertido e espirituoso, ‘O Teorema Katherine’ é daqueles livros maravilhosamente escritos, que nos desperta um espírito aventureiro e nos faz ser logicamente despertos para a imensidão de possibilidades matemáticas de um relacionamento dar certo...e também é um livro sobre Katherines. Muitas Katherines.
É exatamente assim que Colin Singleton é: nerd, inteligente, e frustrado no campo do amor – e essa frustração atende pelo nome de Katherine. E foram dezenove até aquele momento. Ele fora dispensado por dezenove garotas, todas chamadas Katherine, e ainda assim continuava paranoico com esse nome porque o tipo de garotas que ele gostava não tinha relação com tipo físico, cor de cabelo, tamanho, nada. O simples fato de ela ser registrada com o nome K-A-T-H-E-R-I-N-E fazia-o apaixonar-se.
“Col, a todos os lugares aonde fomos. E a todos aonde iremos. E a mim, aqui sussurrando de novo, de novo, de novo e de novo: euteamo...” Pág: 11
Mas isso só foi até a dezenove...
Porque ele estava decidido a mudar isso. Nada de Katherines – bom, é claro que ele ainda continuava apaixonado pela Katherine XIX – nada de escola – porque ele acabara de terminar o ensino médio – nada de nada. Somente uma viagem com seu melhor amigo chamado Hassan, num carro carinhosamente apelidado de Rabeção de Satã – um nome no mínimo estranho e inusitado.
Até aí tudo bem.
Só que o fato do garoto ser dispensado por 19...DEZENOVE Katherines o deixava com uma pulga atrás da orelha. Foi então que eles se alojaram em uma cidade pequena, fizeram alguns amigos, se hospedaram na casa de uma senhora chamada Hollis, conheceram a filha dela, Lindsey, e começaram a viver de acordo com as normas daquela cidadezinha de interior.
E foi então que ele teve a genial ou não ideia de criar um teorema que daria uma previsão de quanto tempo um relacionamento poderia durar; quem terminaria o namoro: o garoto ou a garota; tudo isso através de gráficos, equações e uma matemática complexa.
“ Eu não conseguia ouvir mais nada no mundo além de você. E, naquele momento, estava tão frio e tão silencioso... E eu te amava tanto [...]” Pág: 139
Eu achei o livro bem...SENSACIONAL. Sei que tive que reler algumas coisas para entender bem o que estava escrito – porque tem passagens matematicamente complexas demais pra mim, um mero estudante que está longe de ser apaixonado pela matéria.
O Colin é um garoto...genial. Se você nunca teve um amigo nerd, com certeza se surpreenderá com o quanto ele pode ser irritantemente legal – como o garoto prodígio do livro. O Hassan é um personagem que eu amei/odiei – tá, confesso que eu nunca cheguei a odiá-lo. Ele é daqueles personagens fundamentais no livro, que podem parecer que só foram escritos para entulhar a história de personagens idiotas e insignificantes, quando na verdade só estão ali para mostrar que por mais idiotas e irracionais que eles sejam, ainda continuam sendo pessoas que merecem atenção, respeito e que podem ser verdadeiramente amigos.
A Lindsey é uma garota que tenta se adaptar a tudo, da melhor maneira possível. Ela não é ela, mas sim alguém que muda sua personalidade, seu jeito de falar diante de uma determinada situação. Bom, eu a achei meio chatinha no começo do livro, mas...sei lá...tudo foi tão perfeito que depois eu não conseguiria deixar de gostar dela mesmo.
E a estrutura da história é única. Tudo foi estrategicamente pensado, cada palavra foi encaixada perfeitamente, e o contexto como tudo aconteceu foi simplesmente incrível. Principalmente as Katherines – Ok, eu fiquei fascinado com toda essas história de Katherines. Porque querendo ou não, elas são personagens bem vivas – ao menos na pobre memória ferida de Colin.
Confesso que pra mim o final foi quase que surpreendentemente imprevisível. Quem leu pode dizer que já previa que aquilo fosse acontecer, mas eu simplesmente nutri minhas esperanças frustradas naquilo que eu achei que realmente deveria acontecer. Ah, isso foi outra coisa completamente fascinante no livro, o fato de mesmo não tendo o final que eu queria/esperava, o desfecho da história divertidíssima de Colin foi exatamente aquilo que deveria ser – e que mesmo eu não querendo que fosse, gostei.
“ Naquele instante, o futuro – não controlável por Teorema algum, seja matemático ou não – se descortinou para Colin: infinito, indecifrável e lindo...” Pág: 282
Prometi para mim mesmo que quando começasse a ler o livro, iria dar um jeito de me livrar da imagem que eu tinha do John Green que escreveu ‘A culpa é das estrelas’ porque:
(a) Ele escreveu o meu livro favorito.
(b) Eu sabia que nenhum poderia ser comparado a ele.
(c) Eu acho – na verdade, tenho certeza – de que amaria qualquer coisa que o John Green escrevesse.
Foi exatamente isso. Uma história complexamente simples sobre um garoto que queria ser reconhecido por algo extraordinário, quando ele mesmo, por si só, já era extraordinariamente especial para todos os que o rodeavam.
Achei a leitura divertidamente....deliciosa.
BOA LEITURA!!!
Oi Ronaldo :)
ResponderExcluirAdorei a sua resenha, concordo totalmente com você em tudo ele liberta nosso espírito aventureiro, a única parte chata é a parte dos gráficos e contas, mas isso a gente releva, abraços !!
http://euvivolendo.blogspot.com.br/ ( comenta lá :D )