Título: Amazônia – Arquivo das Almas.
Autor(a): Paul Fabien.
Editora: Isis.
Nº de páginas: 332.
Sinopse: Em um futuro não muito distante um casal de oficiais, Vitã e Helena, participam de várias campanhas militares. Em todas as oportunidades lutam para defender a grande floresta Amazônica. Eles não imaginam que uma nova missão irá lançá-los na mais espetacular e perigosa das aventuras. O grande enigma começaria dentro da Amazônia, um lugar inóspito e assustador repleto de mistérios e grandes perigos. Após vários confrontos se deparam com as cavernas de Abissínia, na Colômbia, onde encontram a origem do verdadeiro mal e descobrem antigos segredos gravados em inscrições cuneiformes, registradas por outras civilizações pré-diluvianas.
Nota Pessoal:
Uma aventura de proporções futurísticas e inimagináveis; um livro
recheado de ação e personagens cativantes; um cenário atraente e cheio de
surpresas.
A obra de Paul Fabien tem tudo que uma boa história de ficção científica
deve ter: guerras, muita ação e aparatos tecnológicos que vão além do que se
pode esperar. A cada página uma nova surpresa que mantém aguçada a curiosidade
do leitor mais crítico do gênero. Fato é que Amazônia é realmente
incrível.
Vitã e Helena são dois oficiais que trabalham numa base montada dentro
da Floresta Amazônica com o intuito de preservar a natureza. Os dois não se
conhecem, mas suas vidas estariam prestes a se cruzar da forma mais perigosa
possível.
Naves não identificadas cruzam a fronteira da floresta e ameaçam acabam
com a paz da base. E logo que essas naves são percebidas o comandante Lemos
sabe que algo precisa ser feito. E rápido.
É então que ele manda seus melhores oficiais – Vitã e Helena – para essa
missão perigosa e imprevisível. Eles teriam que investigar a origem dessas
naves e o que quem as operava pretendia ao romper as barreiras que mantinham a
biodiversidade amazônica longe de inimigos.
O que eles descobrem é ao mesmo tempo assustador e incrível. Nas
cavernas da Abissínia, Colômbia, um estranho grupo religioso mantêm reuniões
secretas. Enquanto isso, fora delas, o mesmo grupo que tem como líder um
Conselheiro, escraviza pessoas das formas mais cruéis possíveis.
O que eles descobrem?! Uma coisa que pode mudar completamente o rumo da
terra. Algo que os deixa eufóricos com a possibilidade de ter todo aquele poder
e dominar toda e qualquer coisa.
E tudo girava em torno da principal base de defesa amazônica: a
base-torre de Codajás, o edifício de 200 andares, no qual trabalhavam uma
infinidade de pessoas, que assim como Vitã e Helena, tinham por objetivo
proteger a Amazônia.
Ler Amazônia – Arquivo das Almas foi
uma experiência incrível - levando-se em consideração que só li pouquíssimos
livros do gênero – e me fez acreditar ainda mais no potencial dos autores
brasileiros. Paul Fabien, sem dúvidas, é um grande autor e escreveu uma
história tão grandiosa a ponto de ao mesmo tempo mesclar aventura, ação a um
alerta de como o que se faz hoje pode impactar na natureza no futuro, criando uma base com o intuito de preservar a biodiversidade ainda
existente.
Tudo bem, que esse lado ‘ecológico’ serve mais como pano de fundo do
enredo, mas cai muito bem na história proposta e para os mais atentos é mesmo
parte primordial do livro.
Vitã é um cara demais. E quando eu digo demais eu quero dizer: imagine
um cara que está disposto a tudo para fazer o bem; o bem coletivo. Pois bem,
ele tem uma personalidade forte e sabe que mesmo num mundo engolido pela
tecnologia, é preciso que pessoas existam, porque esse é o sentido da vida.
Helena... A Helena é uma oficial/major das boas. Uma mulher, que assim
como Vitã, entende que as máquinas são necessárias e facilitam a vida, mas de
que serve isso se não existisse os animais, o verde da floresta, a família e
tudo que dê algum sentido a existência?!
E assim como eu – ao me deparar com a sinopse e com a própria história
ao começar a ler – você deve se perguntar: vai rolar um romance entre o Vitã e
a Helena?! Parece que sim, né?!
Definitivamente o foco do livro não é esse, mas nessa missão em busca de
‘salvar o mundo’ uma fagulha será acesa, afinal eles estão próximos, sozinhos
e... são pessoas, ora. A atração acaba sendo inevitável, mas o mais legal é que
isso acaba soando tão sem importância naquele momento em que tudo estava
prestes a desmoronar e o futuro da humanidade estava em risco. Além do que Vitã
e Helena são os dois oficiais/majores mais turrões e encrenqueiros – e isso é
engraçado – que você possa imaginar.
Vitã é o mais flexível dos dois, mas não fica atrás do ‘não estou nem aí
pra você’ de Helena. Embora, antes de qualquer coisa, eles sejam amigos, e isso
é importante porque serve para que eles sejam mais próximos: esse
companheirismo que os mantém em sintonia.
Mas o foco do livro é realmente a ação. O enredo é de tirar o fôlego da
primeira à última página. É como uma corrida contra o tempo. Página após pagina
temos mais revelações, mais ação, mais aparatos tecnológicos quase
indescritíveis de tão bons e geniais... O livro é uma verdadeira surpresa em
todos os sentidos.
O autor ainda adiciona aspectos da cultura brasileira – tribos indígenas
– e da mitologia suméria (como diz Márson Alquati) que enriquecem a história e
a torna ainda mais fascinante.
Ah, e não posso esquecer dela: a maior companheira dos oficiais/majores
Helena e Vitã, e nossa também: SIB 41. A nave acompanha toda a missão, do
começo ao fim, e é quase – não, ela realmente é – uma personagem do livro. O
neurossistema ultra inteligente da nave faz dela algo tão magicamente adorável!
Sério, pra mim a SIB 41 é a personagem mais importante do livro. Haha.
Uma aventura épica e futurista, Amazônia,
além de revelar um grande nome da literatura nacional, traz uma história
inovadora, com toques de sobrenatural – sim, sobrenatural! – que vai agradar e
muito os leitores de ficção científica, assim como aquelas que ainda não leram
nada desse gênero. Um livro 5 estrelas, que merece todos os elogios e ainda
assim estará acima de todos eles.
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