quarta-feira, 25 de junho de 2014

TAG: Feitiços de Harry Potter

Alguns meses depois da última tag...


De novo e outra vez eu venho responder uma tag super legal que relaciona o mundo do Harry com experiências de leitura. Pois é, “Feitiços de Harry Potter” nos pede um livro que defina alguns dos feitiços de uma das obras mais aclamadas da literatura. Indicado pelo Clóvis, do De Frente com os Livros, vou contar pra vocês quais são meus livros mais relacionáveis com a magia do bruxo. Bem, aí vai!

Expectum Patrono: um livro de infância relacionado a boas memórias.

Pollyanna - Eleanor H. Porter
Não consigo lembrar nenhum livro que li na infância; quer dizer, eu lia várias histórias aleatórias, esses contos de fadas clássicos como ‘João e Maria’ ‘Alice’ ‘O gato de botas’ e alguma coisa adaptada d’As Mil e Uma Noites’.
Então escolhi um livro ‘de infância’ que não li na infância, mas gostaria de ter lido. Pollyanna é uma belíssima história cheia de lições que li acho em 2011. Fiquei encantado com a singela e grandiosa história da garotinha que sempre achava um jeito de ver um lado bom em todas as coisas. Pratiquei o ‘Jogo do Contente’ muitos meses depois de ler, mas ele não funcionou muito bem depois disso. Quem sabe numa releitura eu o compreenda mais e o pratique de maneira correta...

Expelliarmus: um livro que te pegou de surpresa.

O Mágico de Oz - L. Frank Baum
Sempre tive vontade de ler ‘O Mágico de Oz’ porque, lembro, ficava encantado quando criança, ao ver a Dorothy caminhar ao lado dos seus amigos pela estrada de tijolos amarelos. Mas não sabia que a obra era tão e completamente mais encantadora. Esperava uma história bem infantil, e decerto que realmente é, mas ela é muito mais que isso. Não posso esquecer quão surpreso fiquei ao devorá-lo numa tarde que sempre ficará nas minhas maravilhosas experiências como leitor.

Prior Incantato: o último livro que você leu.

Roubada - Lesley Pearse
Não vou falar muito desse livro pra vocês porque em breve terá resenha aqui no blog. O que posso dizer de antemão é que mesmo sendo uma ótima história, está bem longe do que a autora escreveu em ‘Belle’ e em sua continuação ‘Entre o amor e a paixão’. 

Alohamora: um livro que te apresentou um gênero que você não tinha considerado antes.

O Monge e o Executivo - James C. Hunter
Realmente não consigo encaixar nenhum livro nesse feitiço. Na verdade nunca desconsiderei totalmente nenhum gênero antes. Mas se é para encontrar um, acho que O Monge e o Executivo me fez conhecer o gênero autoajuda. E bem, ‘não é bem a minha praia’.

Riddikulus: um livro engraçado que você leu.

Pobre não tem sorte - Leila Rego
Sabe aquele livro que você começa a ler e logo de cara sabe que vai rir muito?! Apresento-lhes ‘Pobre não tem sorte’. O livro nacional da Leila Rego me rendeu boas, muito boas risadas. A protagonista é comicamente real e as situações em que se mete são tão inusitadas que era simplesmente... Riddikulus. Olha aqui a resenha!

Sonorus: um livro que você acha que todos deviam conhecer.

Extraordinário - R. J. Palacio

Nossa! Este é realmente muito difícil de escolher. Acho que o mundo está cheio de livros que ‘todos deviam conhecer’ e quem sou eu para escolher um único. Mas cá pra nós, tem um livro que me deixou com vontade de parar todo mundo na rua e falar: você realmente precisa ler uma história como essa! Extraordinário tem um título que fala por si só. A história é uma bela fábula sobre as dificuldades de ser diferente e preconceitos descabidos que todos – todos! – estamos vitimados. Resenha

Obliviate: um livro ou spoiler que você gostaria de ter esquecido.

Convergente - Veronica Roth
O final de Convergente, último livro da trilogia da Veronica Roth. *Valfran, se você estiver lendo isso saiba que a culpa é inteiramente sua!*

Imperio: um livro que você teve que ler para a escola

A Hora da Luta - Álvaro Cardoso Gomes
Teve até uma peça teatral amadora. E adivinha quem interpretou o Beto, ‘protagonista’ da história?! Isso mesmo, este blogueiro que vos fala. Acho que foi o primeiro livro ‘obrigatório’ que li para a escola, mas como bom leitor, transformei a obrigatoriedade num prazer que me rendeu bons momentos. O livro é legal pra caramba! 

Crucio: um livro que foi doloroso para ler.

Pela luz dos olhos seus - Janine Boissard
Poucos livros foram real e literalmente ‘dolorosos’ para ler. Sempre tento tirar coisas boas das leituras, mas a verdade é que tem mesmo uns livros bem chatos ou que não fazem nenhum sentido. ‘Pela luz dos olhos seus’ é um deles; doloroso não seria exatamente a palavra; chato definiria melhor. Eu sei que tem gente que amou o livro, e ele até fica legalzinho no final, mas no geral foi uma leitura realmente chata. Pra mim é aquele livro que ‘não quero nem pensar na possibilidade de reler’.

Avada Kedavra: um livro que pode matar (interpretação livre).

Harry Potter e o Cálice de Fogo - J. K. Rowling

*Agora, Harry, vou lançar este feitiço de volta (?)*. ‘O Cálice de Fogo’ foi um livro que eu realmente não conseguia parar de virar as páginas. Pra mim é o mais interessante livro da saga e também o mais ‘mortífero’. Não sei explicar como, mas foi o que mais me fascinou e angustiou, foi também o que mais me ensinou. Foi o que me fez entender mais o verdadeiro significado da amizade e do sacrifício. Foi o que nos trouxe e nos levou o Cedrico – mas isso já são divagações de um potterhead.


Aí está! Obrigado pela indicação, Clóvis. Apesar de ser difícil encontrar somente um livro por feitiço, foi uma experiência muito legal.
Agora que você já conhece os meus ‘livros por feitiço’ que tal me contar sobre os seus?! Se tiver um blog e quiser responder fique à vontade. Ou você pode dizer aqui nos comentários mesmo. É isso!


segunda-feira, 16 de junho de 2014

[Resenha] Os Três - Sarah Lotz

Título: Os Três.
Título original: The Three.
Autora: Sarah Lotz.
Editora: Arqueiro.
Nº de páginas: 400.

Sinopse: Quinta-Feira Negra. O dia que nunca será esquecido. O dia em que quatro aviões caem, quase no mesmo instante, em quatro pontos diferentes do mundo. Há apenas quatro sobreviventes. Três são crianças. Elas emergem dos destroços, aparentemente ilesas, mas sofreram uma transformação. A quarta pessoa é Pamela May Donald, que só vive tempo suficiente para deixar um alerta em seu celular: Eles estão aqui. O menino. O menino, vigiem o menino, vigiem as pessoas mortas, ah, meu Deus, elas são tantas... Estão vindo me pegar agora. Vamos todos embora logo. Todos nós. Pastor Len, avise a eles que o menino, não é para ele... Essa mensagem irá mudar completamente o mundo.



Nota Pessoal:

Os Três é um livro genial. Desde sua proposta principal até os pormenores aparentemente dispensáveis, o romance de Sarah Lotz é mesmo complexo, instigante e até um pouco arriscado.  Complexo porque a autora se propôs a escrever nas mais diferentes escalas, sem medo de empregar variados recursos: transcrição de gravações; entrevistas; narrações em primeira pessoa; conversas de bate-papo; etc. Instigante porque é tão envolvente e ‘fluído’ que o leitor chega à última página quase sem perceber. E arriscado - e aqui cito os mesmo motivos da complexidade – porque temos a visão de vários personagens: do aparentemente ‘mais importante’ até o aparentemente irrelevante; claro que temos a visão de um mesmo personagem diferentes vezes, mas o que quero dizer é que independente do número de visões oferecidas, a história não me pareceu confusa ou perdida.

É. Este é aquele livro que você não terá mocinhos ou vilões e tudo é absolutamente digno de desconfiança. É uma história que revela a natureza humana e como cada um é capaz de enxergar um determinado fato ou pessoa de diferentes maneiras. Acho que é à característica mais visível e determinante da trama: mostrar que as aparências podem enganar e que ninguém é inteiramente bom ou ruim; mostrar que a situação e a pressão levam pessoas a fazerem coisas absurdas sem ao menos perceber.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

[Resenha] Então, conheci minha irmã - Christine Hurley Deriso.

Título: Então, conheci minha irmã.
Título original: Then I Met My Sister.
Autora: Christine Hurley Deriso.
Editora: Gutenberg.
Nº de páginas: 240.
Sinopse: Summer Stetson não conheceu sua irmã. Sua mãe engravidou dela assim que Shannon morreu, aos 17 anos, em um terrível acidente de carro, que se chocou com uma árvore. Ao longo de sua vida, Summer acostumou-se a assistir seus pais repetirem o quanto a irmã era perfeita, amada e boa filha, e por isso sempre acreditou que fosse uma decepção para eles. Ao fazer 17 anos, recebe da tia de presente o diário que Shannon escrevia até o dia de sua morte. Ao ler aquelas páginas para saber mais sobre a irmã, acaba descobrindo alguns segredos, e a cada revelação, sobre a família e sobre si mesma, entende que a verdade pode ser, por vezes, dolorosa, mas nunca deixará de ser libertadora.


Nota Pessoal:

A história de Então, conheci minha irmã, é repleta de altos e baixos. Apesar da proposta se mostrar um tanto quanto clichê, tipo esses filmes que mostram a ‘vida no ensino médio’ dos adolescentes estadunidenses, Christine Hurley soube levar bem sua trama. Decerto que ela não parece inovar tanto – verdade seja dita: a maior parte da história não se mostrou tão ‘atrativa’ para mim – e que a Summer, a protagonista, não seja das melhores até mais da metade do livro, mas quando parei para pensar o que se poderia tirar de proveitoso da história (porque é claro, tinha uma mensagem ali) percebi que deveria ser como foi.

Quer dizer, achei a leitura bem ‘rasa’, mas realmente as situações vividas são reais e os diálogos soam naturalmente; tanto os diálogos adolescentes, a maioria entre Summer e Gibs, quanto os trocados entre Summer e sua mãe, ou entre a garota e sua tia Tia Nic. O ar ‘natural’ com o qual toda a história é levada foi o que me deixou ir até o fim e descobrir que afinal, toda história pode melhorar e esta ficou mesmo bem legal.

Isso. Apesar de ter achado o começo bem ‘mais ou menos’ – achei que toda a história seria assim -, do meio para o fim, que é quando se torna perceptível o amadurecimento da Summer, a história fica bem emocionante. Ela começa sendo uma personagem bem chatinha – aquela típica adolescente ‘tô nem aí’ –, e é até compreensível pela ‘pressão’ de ser igual à irmã que morreu, porém, a autora, de forma mais natural e menos abrupta e moralista possível, a transforma. É importante dizer isso porque vejo a situação como a mais significativa que o livro teve.

Summer é uma personagem complicada. Veja bem, ela nasceu pouco depois da morte da sua ‘irmã perfeita’, Shannon, e vive na sombra da mesma e na obrigação de ser tão perfeita quanto ou fazer um esforço para. Só que as pessoas são diferente, né?! E definitivamente ela estava disposta a não seguir a boa cartilha de garota perfeita ditada por sua mãe – seu pai?! É, ele meio que diz ‘amém’ para tudo que a esposa fala.