Título: Então,
conheci minha irmã.
Título
original: Then I Met My Sister.
Autora: Christine
Hurley Deriso.
Editora: Gutenberg.
Nº de páginas: 240.
Sinopse: Summer
Stetson não conheceu sua irmã. Sua mãe engravidou dela assim que Shannon
morreu, aos 17 anos, em um terrível acidente de carro, que se chocou com uma
árvore. Ao longo de sua vida, Summer acostumou-se a assistir seus pais
repetirem o quanto a irmã era perfeita, amada e boa filha, e por isso sempre
acreditou que fosse uma decepção para eles. Ao fazer 17 anos, recebe da tia de
presente o diário que Shannon escrevia até o dia de sua morte. Ao ler aquelas
páginas para saber mais sobre a irmã, acaba descobrindo alguns segredos, e a
cada revelação, sobre a família e sobre si mesma, entende que a verdade pode
ser, por vezes, dolorosa, mas nunca deixará de ser libertadora.
Nota
Pessoal:
A história de Então, conheci minha irmã, é repleta de altos e baixos. Apesar da proposta se mostrar
um tanto quanto clichê, tipo esses
filmes que mostram a ‘vida no ensino médio’ dos adolescentes estadunidenses, Christine
Hurley soube levar bem sua trama. Decerto que ela não parece inovar tanto –
verdade seja dita: a maior parte da história não se mostrou tão ‘atrativa’ para
mim – e que a Summer, a protagonista, não seja das melhores até mais da metade
do livro, mas quando parei para pensar o que se poderia tirar de proveitoso da
história (porque é claro, tinha uma mensagem ali) percebi que deveria ser como
foi.
Quer dizer, achei a leitura bem ‘rasa’, mas realmente as situações
vividas são reais e os diálogos soam naturalmente; tanto os diálogos
adolescentes, a maioria entre Summer e Gibs, quanto os trocados entre Summer e
sua mãe, ou entre a garota e sua tia Tia Nic. O ar ‘natural’ com o qual toda a
história é levada foi o que me deixou ir até o fim e descobrir que afinal, toda
história pode melhorar e esta ficou mesmo bem legal.
Isso. Apesar de ter achado o começo bem ‘mais ou menos’ – achei que toda
a história seria assim -, do meio para o fim, que é quando se torna perceptível
o amadurecimento da Summer, a história fica bem emocionante. Ela começa sendo
uma personagem bem chatinha – aquela típica adolescente ‘tô nem aí’ –, e é até
compreensível pela ‘pressão’ de ser igual à irmã que morreu, porém, a autora,
de forma mais natural e menos abrupta e moralista possível, a transforma. É
importante dizer isso porque vejo a situação como a mais significativa que o
livro teve.
Summer é uma personagem complicada. Veja bem, ela nasceu pouco depois da
morte da sua ‘irmã perfeita’, Shannon, e vive na sombra da mesma e na obrigação
de ser tão perfeita quanto ou fazer um esforço para. Só que as pessoas são
diferente, né?! E definitivamente ela estava disposta a não seguir a boa
cartilha de garota perfeita ditada por sua mãe – seu pai?! É, ele meio que diz ‘amém’
para tudo que a esposa fala.
Só que quando Summer recebe da sua tia Nic o diário escrito no último
verão de vida da Shannon, percebe que a irmã não era tão perfeita quando seus
pais faziam parecer. É através das palavras da irmã e da ajuda do Gibs – bingo! O garoto que é seu melhor amigo e
bingo! É o mesmo que vai se apaixonar por ela e ela
por ele – que Summer irá se deparar com uma nova perspectiva de vida. Até onde
é possível ir? Como lidar com tantas coisas ao mesmo tempo? No diário, Shannon
está bem longe da imagem perfeita pintada pelos pais, e Summer é levada pelas palavras
que revelam uma irmã diferente da que conhecia. Além disso, tem o Gibs; ela
estava apaixonada pelo Gibs. E tem os segredos; os segredos que Shannon revela
no diário. Como lidar com tudo isso? É isso que Christine Hurley nos convida a
descobrir.
“- Tudo bem, mesmo – protesta ele, brincando, depois aperta os
olhos, encabulado. – Confesso, talvez as fotos do facebook sejam um pouco
demais. Só quero estar com você. Definitivamente, quero beijá-la mais. Muito
mais, na verdade!” Pág.: 168
A autora me pareceu saber exatamente onde ‘estava pisando’. Certo que
nada disso é inovador, e os acontecimentos que sucedem a descoberta do diário
são os mais previsíveis possíveis, mas a previsibilidade não ofusca a
naturalidade da história.
Gibs é um desses muitos personagens que podemos encontrar por aí. Ele é
tão previsível que durante a leitura eu pensava: Gibs, cara, todo mundo já sabia que essa amizade de vocês ia acabar
assim; e era totalmente óbvio que vocês iam se apaixonar e blá blá blá. E
se foi ruim?! Não, não foi. A autora deixa a história deles ‘ser levada’; esse
amor entre a Summer e o Gibs está beeeeeeem longe de ser o foco principal, e
acho que foi justamente por isso que tudo aconteceu como deveria. Ela não
apressa os acontecimentos e o amor deles é como algo que tinha que acontecer,
mas não como sendo o que prenderia o leitor. Porém, apesar de natural, assim
como a maioria das coisas abordadas no livro, é superficial.
E aí eu entro no tópico ‘superficial’. Faltou profundidade na
história. Acho que muitas páginas são
perdidas com o ‘drama interno’ que a Summer desenvolve principalmente depois
que começa a ler o diário. A protagonista chega a ser irritante por incorporar
esse espírito ‘rebelde’ para fazer questão de dizer que é diferente de sua
irmã. Certo, ela melhora e muito quando a história já está para acabar – e como
falei isso não acontece de forma abrupta -, mas ainda assim está bem longe de
ser uma personagem que eu me identificaria ‘logo de cara’. Ao contrário de
Gibs, que é um personagem legal do começo ao fim.
Os trechos dos diários são escritos em itálico, o que dá pra diferenciar bem as ‘duas’ histórias.
Então é isso. Não é uma história grandiosa, mas ainda assim acho sua
leitura válida e por que não dizer proveitosa. É um daqueles livros que me fez
companhia num dia ensolarado; sabe, para ‘passar o tempo’. Quando escrevo ‘passar
o tempo’ não estou diminuindo a importância que a história terá de leitor para
leitor, estou só dizendo que para mim é tão natural e sem grande complexidade –
é, a sinopse me pareceu trazer uma história muito complexa – que ‘passar um tempo’
foi uma ótima expressão que consegui para resumi-lo. E acredite, uso a
expressão da melhor maneira que ela pode ser empregada.
Boa Leitura!
Oi :)
ResponderExcluirEsse livro não chama muito a minha atenção, dever ser porque ultimamente estou lendo coisas mais tensas... Beijos!
http://euvivolendo.blogspot.com.br/
Ainda não terminei de ler o livro, estou exatamente na metade para ser expecífica, E até agora eu gostei bastante.
ResponderExcluirOs livros que eu leio, tento levar uma mensagem para minha vida. Com este livro, no caso, penso na minha relação com a minha família, o que é bem presente no livro neste "inicio".
Sempre busco tirar "uma lição" dos livros que leio, como se minha melhor amiga estivesse me contando, não como mais uma simples história.
Cadê o final??
ResponderExcluirCadê o final??
ResponderExcluirOque acontece no final????? Tem duas páginas em branco é para nós continuarmos ???? Tem continuação ???
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