Título: A
linguagem das flores
Título Original: The Language of Flowers
Autora: Vanessa Diffenbaugh
Editora: Arqueiro
Nº de páginas: 294
Sinopse: Victoria Jones sempre foi uma menina arredia,
temperamental e carrancuda. Por causa de sua personalidade difícil, passou a
vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma família para outra, até ser
considerada inapta para adoção. Ainda criança, se apaixonou pelas flores e por
suas mensagens secretas. Quem lhe ensinou tudo sobre o assunto foi Elizabeth,
uma de suas mães adotivas, a única que a menina amou e com quem quis ficar...
até pôr tudo a perder. Agora, aos 18 anos e emancipada, ela não tem para onde
ir nem com quem contar.
Sozinha, passa as noites numa praça pública, onde cultiva um pequeno
jardim particular. Quando uma florista local lhe dá um emprego e descobre seu
talento, a vida de Victoria parece prestes a entrar nos eixos. Mas então ela
conhece um misterioso vendedor do mercado de flores e esse encontro a obriga a
enfrentar os fantasmas que a assombram. Em seu livro de estreia, Vanessa
Diffenbaugh cria uma heroína intensa e inesquecível. Misturando passado e
presente num intricado quebra-cabeça, A linguagem das flores é essencialmente
uma história de amor – entre mãe e filha, entre homem e mulher e, sobretudo, de
amor-próprio.
Nota Pessoal:
O livro nos conta a história de Victoria, uma jovem que depois de passar
a sua infância sendo jogada de orfanato em orfanato, de família em família, se
vê com 18 anos, emanicipada e responsável pela própria vida.
Com um vasto conhecimento sobre ‘a linguagem das flores’ adquirido com o
convívio com Elizabeth (a única mãe que a garota gostou, e ainda gosta),
Victoria é contratada em uma floricultura, depois de fugir da casa para onde
foi mandada após completar 18 anos, na qual ela tinha que arrumar um emprego e
assumir seus atos dali em diante.
Não contente com o rumo da sua história, Victoria foge e começa a dormir
na rua, cultivando um belo jardim, e uma coleção de erros e frustrações do
passado.
“ Essas flores se chamam
morrião-dos-passarinhos. Elas significam ‘seja bem-vindo’. Ao lhe oferecer um
buquê delas, estou lhe dando as boas vindas à minha casa, à minha vida.” PG: 32
Os capítulos do livro são intercalados entre passado e presente. Tendo
como pano de fundo a história de Victoria ainda criança, para podermos
compreender o presente.
O que tinha tudo para deixar a história confusa, só tornou a narrativa
mais leve e encantadora.
Após enviada para casa de Elizabeth, Victoria (ainda criança) mesmo
presa no seu casulo de tristeza, sente-se feliz. A única pessoa que a
compreendia, que a envolvia de amor, mesmo a menina sendo rebelde.
Acho que o fato de Victoria ter uma infância conturbada, tornou a garota
um poço de remorsos.
Aí conhecemos toda a história de Elizabeth; o que levou a mulher a
adotar a pequena Victoria, e mesmo a garota fazendo de tudo para irritá-la e
mandá-la de volta para o orfanato, ela persiste. O que só aumenta a certeza de
Elizabeth de continuar com a garota.
Até o terrível acontecimento que separa a vida das duas, acontecimento
esse causado pela Victoria; o laço maternal que estava sendo tecido aos poucos.
E aí nos deparamos com a Victoria adulta. Apaixonada pela linguagem das
flores, ensinada por sua mãe adotiva.
Victoria após ser contratada na floricultura, faz sucesso entre os
clientes. A mesma é procurada para indicar a melhor flor, para cada ocasião
especifica. Um jovem apaixonado, um casal
que quer renovar o seu amor, enfim as inúmeras ocasiões importantes na
nossa vida, que nos é apresentada por cada flor especifica.
“ A linguagem das flores era a única
coisa à qual eu era leal. Se começasse a mentir sobre ela, não restaria nada de
belo ou verdadeiro em minha vida.” PG: 110/111
De repente Victoria se depara com o seu passado. E tem que enfrenta-lo,
agora já adulta; tem que assumir seus erros e tentar mudar a sua própria
história.
Vemos toda a superação a personagem ao longo do livro. E acho que isso é
o mais importante de toda e qualquer estória. Os personagens são bem
construídos, e nos familiarizamos com a estória bem rápido. O livro me fez
refletir sobre muitas coisas. Foi realmente uma leitura proveitosa, na qual
podemos tirar grandes lições.
Com uma narrativa leve, a autora nos conduz pela história dessa bela
jovem que foi capaz de superar seus erros, e transformá-los em algo belo.
Ah, e não podemos esquecer do belo presente que a autora nos dá no fim
do livro. Sim, ela nos presenteia com o seu dicionário das flores, com cada
significado ( o que é fantástico, pois durante a leitura , nós ansiamos para
também usar a linguagem das flores).
Uma leitura transformadora e super recomendada.
BOA LEITURA!