Título: O
Príncipe da Névoa.
Título original: El Príncipe de La Niebla.
Autor: Carlos
Ruiz Zafón.
Editora: Suma
de Letras.
Nº de páginas: 180.
Sinopse: Em 1943, a família do jovem Max Carver muda para um vilarejo no litoral,
por decisão do pai, um relojoeiro e inventor. Porém, a nova casa dos Carver
está cercada de mistérios. Atrás do imóvel, Max descobre um jardim abandonado,
contendo uma estranha estátua e símbolos desconhecidos. Os novos moradores se
sentem cada vez mais ansiosos: a irmã de Max, Alicia, tem sonhos perturbadores,
enquanto ao outra irmã, Irina, ouve vozes que sussurram para ela de um velho
armário. Com a ajuda de Roland, um novo amigo, Max também descobre os restos de
um barco que afundou há muitos anos, numa terrível tempestade. Todos a bordo
morreram na ocasião, menos um homem - um engenheiro que construiu o farol no
fim da praia.
Enquanto os adolescentes exploram o naufrágio, investigam os mistérios e
vivem um primeiro amor, um diabólico personagem surge na trama. Trata-se do
Príncipe da Névoa, um ser capaz de conceder desejos a uma pessoa, ainda que, em
troca, cobrasse um preço demasiadamente alto.
Nota
Pessoal:
A nebulosidade da escrita do Zafón – é preciso ressaltar, já presente no
próprio título da obra – é a característica marcante d’O Príncipe da Névoa. Com uma narrativa um tanto aguçada e quase
inteiramente promissora, o autor nos leva ao fantástico mundo da infância, lá
pelos anos 40; eles nos guia rumo ao desconhecido campo da magia, da
curiosidade e principalmente do aprendizado e das experiências. É como o
próprio autor afirma numa pequena nota no início: é um livro que interessa
tanto as pessoas com 13, 14 anos, quanto às de 23, 43 ou 83. Uma obra que não
delimita parâmetros na ambientação do mistério que se desenrola nas suas
singelas 180 páginas. O livro é uma grande aventura que me fez perceber o
quanto Zafón é tão completo na sua narrativa e tão competente como ‘contador de
histórias’.
Max é um garoto que está prestes a se mudar para uma pequena casa à
beira de uma praia com sua família. Uma cidade pequena e uma série de
coincidências que começam antes mesmo da fixação da família no lugar.
Lá ele conhece Roland, um garoto que se tornará seu melhor amigo e
companheiro no descobrimento da magia, mas também um jardim de estátuas
misterioso nos fundos da sua casa: um jardim que está sempre permeado por uma
névoa.
Aos poucos, o garoto Max vê sua irmã se apaixonar por Roland e o amor
ser retribuído; vê também um relógio que funciona ao contrário; acaba
descobrindo que barco naufragado, onde ele e Roland praticavam mergulhos, escondia
mais segredos do que se poderia supor, e mais: eles poderiam estar inteiramente
ligados com o tal jardim de estátuas lá no bosque dos fundos de sua casa.