quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

[Retrospectiva Literária] Os melhores de 2014

Olá, Leitores! Tudo bem? Certo, eu sei que ando meio sumido por aqui, mas sobre isso eu vou explicar em outro post, afinal, este é para relembrar os livros incríveis que conheci ao longo de 2014. Foram nada mais nada menos que 64 lidos – entre eles contam três releituras. Um ano realmente ótimo! Vários – 5 estrelas –, alguns favoritos, então foi realmente beeeeeem difícil ter que escolher apenas 10 como ‘os melhores livros que li em 2014’. Mas eu tentei, viu? Depois de garimpar, pensar, refletir, relembrar, esses foram os meus favoritos do ano (sem ordem de favoritismo):

 FIM – Fernanda Torres

Fernandaaaa Torreeeeeeees. Pois é, esqueça que este livro é sobre o fim. Quer dizer, certamente é sobre o fim, mas nem de longe é esse o principal ingrediente da obra da formidável Fernanda Torres. O que importa é o meio; o percurso é o que impulsiona as peripécias dos personagens deste livro. É cheio de sol, sexo, cariocas, praias, morte, vida, mulheres, homens, velhos, novos. Fim é ao mesmo tempo, melancólico e cheio de vida, refletivo e fanfarrão. Eu adorei todas as maluquices, babaquices, aventuras e desventuras desses personagens. Fernanda Torres é uma autora sabe ‘brincar’ com as palavras.


A Espada de Shannara – Terry Brooks

Se você é fã de fantasia, A Espada de Shannara é um livro que não pode faltar na sua estante! Depois dessa frase pronta, quero dizer que Terry Brooks foi uma das minhas maiores surpresas de 2014. Confesso que não acho a capa desse livro muito atraente, mas caramba! ele só reafirmou aquilo de ‘não julgue um livro pela capa’. É um livro com personagens extremamente cativantes, cheio de aventuras, batalhas, magia, guerras, conflitos políticos, romances; enfim, tem de tudo e mais um pouco. É uma odisséia fantasiosa que me garantiu dias numa terra tão incrível quanto Nárnia, Terra Média ou qualquer outro mundo paralelo que você possa imaginar. Nem preciso falar que quero viver todas as aventuras de Shannara, certo?

 Como eu era antes de você – Jojo Moyes

Não preciso repetir o quanto gosto de livros sentimentais ou algo assim. Comecei Como eu era antes de você com esse pensamento: eu sei que vou adorar esse livro porque ele é sentimental. E adorei por isso também! Mas, adorei principalmente pelos sentimentos adversos que os seus personagens principais causaram em mim. Enquanto eu adorava a determinação de Clark, era repelido pelo pessimismo de Will. E quanto mais adorava a Clark e achava o Will chato, mais eu me envolvia, mais amava a história, mais tudo. Foi o livro com o final mais inesperado de todos que li esse ano.


Minha metade silenciosa – Andrew Smith

Minha Metade Silenciosa é curioso desde sua diagramação. Contando com apenas uma orelha – numa analogia explicita ao personagem principal da história – todo o processo parece ter sido detalhadamente pensado para significar o livro como um todo. Mas mais do que uma boa diagramação e um capa legal, um autor precisa ter uma boa história e saber contá-la. Andrew Smith tem e sabe contar uma história incrível que envolve drogas, sexualidade, descobertas, amizades e problemas familiares de um jeito bastante particular. É um livro que superou toda e qualquer expectativa. É chocante e forte, mas é também sensível e acolhedor. Stark protagoniza uma história que me levou das lágrimas ao sorriso e me fez acreditar no poder da amizade e dos verdadeiros laços familiares.


 Insurgente – Veronica Roth

Insurgente dá um passo significativo na história distópica criada pela Veronica. Se Divergente é incrível, Insurgente é duas vezes incrível. Apesar de um começo arrastado que me fez achar que não seria tudo que esperava, é um livro com um desenvolvimento surpreendente e uma ‘conclusão’ que é literalmente ‘de tirar o fôlego’. É cheio de ação, conflitos e a autora parece solidificar ainda mais o romance de Tris e Quatro. Veronica Roth é uma das autoras mais criativas que já li!



 Fique onde está e então corra – John Boyne

Dizer que John Boyne é um escritor incrível é um eufemismo. Fique onde está e então corra é um relato ficcional primoroso sobre a vida de uma criança na Primeira Guerra. Alfie é o retrato de alguém capaz de amar incondicionalmente e de lutar por aquilo que acredita. Em busca do pai quando todos parecem ter desistido após seu alistamento, o garoto nunca perde a esperança de encontrá-lo e de novamente viverem como família. Boyne ainda caracteriza seu romance com personagens secundários que são de fundamental importância. Sem dúvidas Boyne consta na minha lista de autores favoritos. 


Ensaio sobre a Cegueira – José Saramago

Ensaio sobre a cegueira é um livro sobre a essência de enxergar além. Não existe personagem principal – talvez o personagem principal dessa história sejam os humanos; a humanidade! É sobre limites e quebra de paradigmas e classes. Com um ‘estou cego’ somos apresentados a um mundo acometido por uma cegueira branca, sem causa, explicação ou cura. Numa hora se enxerga, na outra se vê mergulhado num mar branco e infinito. Decerto que ler José Saramago requer uma atenção maior, é uma leitura mais densa e complexa, mas eu posso garantir que cada segundo, cada página, cada palavra vale.


Primeiro livro da série

Academia de Vampiros- Richelle Mead

Rose Hathaway. Grave esse nome! Se você ainda não leu Academia de Vampiros pare e se pergunte ‘Por que eu ainda não li isso?’. Seja qual for o motivo – não tem, não conhecia, não tinha interessa – jogue-o e corra pra ler essa série da Richelle Mead. Tem vampiros, guardiões, alquimistas, humanos. Tem uma história que evolui a cada livro; que surpreende. Conheci a série pela paixão que a Rapha do Equalize da Leitura nutre pelo Dimitri – o ‘mocinho’ da série – mas uma coisa é querer ler e outra é ficar completamente louco pra ler qualquer coisa que tenha saído da cabeça da Richelle. Amei Academia de Vampiros desde o primeiro livro. E a história só melhora. Terminei de ler o 5º livro – Laços do Espírito – alguns dias atrás e o que eu posso dizer é que “CARAMBA, RICHELLE, COMO VOCÊ PODE SER TÃO BOA NISSO DE SER ESCRITORA?” Eu tenho que terminar de falar dessa série fazendo uma recomendação clichê e 0800. O que você está fazendo? Corra e leia Academia de Vampiros! 

Eleanor & Park – Rainbow Rowell

Eleanor é isso, Park é aquilo. Eleanor está aqui, Park está lá. Eleanor se apaixona, Park se apaixona. Rainbow Rowell acertou em cada detalhe da sua obra. Eleanor e Park é sobre se apaixonar pela primeira vez, sobre compartilhar uma música, um gibi e sentar no mesmo lado do ônibus. Me fez rir de alegria, torcer a boca numa carranca, baixar os olhos pelas situações da Eleanor; me fez gargalhar com a família do Park, me fez ouvir música retrô e dá uma nostalgia danada! Trata de situações sérias, como o bullying e a violência doméstica, mas acima de tudo trata da capacidade de nunca perdermos a esperança e sempre acreditar no amor.

Se eu Ficar – Gayle Forman

Pense em um livro que você já leu e que não mudaria nadinha de nada na história! Pensou? Se me perguntassem isso eu responderia que Se eu ficar é um daqueles livros em que eu não mudaria nada se pudesse. Tudo está na medida certa. Gayle Forman foi formidável ao construir uma história bonita, que patina pelos clichês e ainda consegue ser diferente. Mia – personagem principal – é uma garota apaixonada por música que vê sua vida mudar completamente após um acidente de carro. Numa composição que mescla passado e presente, Forman conseguiu traduzir os mais variados sentimentos através de personagens que me ganharam completamente. E ah, Se eu ficar é também um dos livros em que eu gosto de todos os personagens! 

Esses foram os meus melhores de 2014! Quais foram os de vocês?

Abraços,