quinta-feira, 25 de outubro de 2012

[Resenha] A culpa é das estrelas - John Green


Título: A culpa é das estrelas

Título Original: The Fault in Our Stars

Autor: John Green

Editora: Intrínseca

Nº de Páginas: 283
Sinopse: Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante – o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos -, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico.
Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia apareçe no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito de páginas em branco de suas vidas.
Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.

 

Nota Pessoal:
“ Parecia que tinha sido, tipo, há uma eternidade, como se tivéssemos vivido uma breve, mas infinita, eternidade. Alguns infinitos são maiores que outros. “ Pág: 210

Quando comecei a leitura do livro, eu não imaginei que fosse chorar tanto com essa maravilhosa e fascinante estória criada pelo John Green. As inúmeras resenhas *tanto positivas, quanto negativas* criaram em mim, uma expectativa enorme com relação ao enredo. E ele não decepciona *e digo isso depois de tantas lágrimas derramadas ao longo da leitura*.

O livro relata a história de Hazel, uma garota que no auge da sua adolescência se descobre impedida de curtir a vida, após descobrir-se com câncer, e ainda ter que aguentar, obrigatoriamente, um terrível *pelo menos para ela* grupo de apoio para pessoas com câncer.
E é em uma dessas reuniões no grupo de apoio, que Hazel conhece um garoto encantadoramente lindo e perfeito que atende pelo nome de Augustus, e está curado de um câncer que levou uma de suas pernas.

Começa aí uma linda e irreverente história de amor; um amor puro e belo, o amor entre dois adolescentes que apesar de todas as provações continuam sorrindo para uma vida que só os havia dado frustrações.
Iniciam então um relacionamento tímido e retraído, que ao avançar das páginas torna-se único e impossível de esquecer e descrever. O Gus *como é chamado carinhosamente pela Hazel* é o tipo de garoto que você para e pensa “Meu Deus, ele é perfeito!” e faz de tudo para agradar a Hazel.

“- Tá, tem razão. Mas você cumpre a promessa mesmo assim. Amar é isso. Amar é cumprir a promessa mesmo assim. Você não acredita em amor verdadeiro?” Pág: 61

Então, após compartilhar seu livro preferido com o Gus – Uma aflição Imperial – Hazel ver-se em uma guinada imprevisível em sua vida. O romance conta a estória de uma menina que tem câncer, mas por incrível que parece o autor não escreveu um ‘verdadeiro’ final para a estória. E isso, acabou criando uma frustração enorme em Hazel, o que posteriormente causou em Gus – que também amou a estória.

Hazel havia escrito inúmeras cartas para o autor – que morava em Amsterdã – mas o mesmo, nunca a havia respondido. Assim, Gus resolve entrar em contato com a assistente, à qual prontamente o responde.

Então, conversa vai, conversa vem, Hazel e Gus descobrem-se conversando com o próprio autor de “Uma Aflição Imperial”, e ele os nega uma resposta para todas as perguntas que ficaram entreabertas no romance. Não, ele diz que só poderia dar essas respostas pessoalmente, o que atiça a curiosidade de ambos, depois do convite lançado pelo autor para que eles fossem o visitar – mesmo ele achando muito pouco provável que dois adolescentes viajassem para Amsterdã, somente para conseguir respostas.

Depois de conversar com seus pais, Hazel descobre que não tem dinheiro para a viajem, pois já haviam gastado todas as economias para o seu tratamento. Surge então um convite inesperado dos Gênios – vulgo, o próprio Gus – para que Hazel e Gus viajassem e fossem buscar essas respostas. Como a ‘garota doente’ não poderia ir sozinha, os “Gênios” deram um jeito de também levar a sua mãe.

Os três embarcam em um avião –depois de todos os procedimentos e recomendações, afinal Hazel sempre andara com um tubo de oxigênio, já que o câncer havia destruído seus pulmões, impedindo-a de respirar normalmente – para uma aventura inédita e inesquecível na INCRÍVEL cidade de Amsterdã.

Depois de toda essa aventura, o inevitável acontece. O câncer de Gus, volta e agora o garoto, além de permanecer ao lado de Hazel, se vê num beco  sem saída, por saber que sua vida também corre risco.

Com uma narrativa leve, engraçada e sutil, John Green, nos apresenta uma obra rara, linda e genuinamente romântica. Com pitadas engraçadas, somos apresentados a vida de dois adolescentes que descobrem da melhor forma possível o significado do amor, e como o mesmo pode transformá-los.

E eu chorei –haha – muito, muito, muito, muito, muito, muito. Eu nunca chorei tanto em minha vida por causa de um livro. E deu aquela ressaca literária depois que terminei. Não consegui pegar em um livro durante todo o fim de semana; sempre que começava um, os acontecimentos mais marcantes de ACEDE vinham à minha mente e me perturbavam, rsrs.

O livro beira a perfeição. Green nos narra com maestria cada acontecimento, cada detalhe; e principalmente, ele nos faz acreditar nos personagens, nos faz rir, chorar e querer mais – comentário do Markus Zusak. É um livro que permanece em nossa memória e nos faz pensar sobre a vida e o amor; é daqueles que merecem ser lidos várias e várias vezes

“Só o que eu quero é ser o suficiente para você, mas nunca consigo.” Pág: 218


Sem sombra de dúvidas “A culpa é das estrelas” foi a melhor leitura do ano, e posso afirmar que é um dos melhores livros que já li.

Boa Leitura!!!


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

[ Destaque Nacional #15] Lilac - Deise C. Muller


Título: Lilac

Autora: Deise C. Muller

 Editora: Novo Século

Nº de páginas: 390

Sinopse: Um demônio banido…
Uma linhagem condenada…
E uma atração inevitável.
O amor realmente supera tudo?
Lilin, uma succubus ambiciosa, tenta aniquilar Lúcifer. E como punição, é enviada a Terra e destituída de seus poderes. Transformada em feiticeira, Lilin assume vários consortes e começa um plano para reinar sobre os seis clãs dos feiticeiros.


 
Nota Pessoal:
  Lilac é um livro extraordinariamente bom. Uma leitura tensa, cheia de dramas, mistérios e romance, o livro prendeu minha atenção da primeira a última página. Fiquei realmente surpreso com a estória criada pela autora.

  Megan (ou Meg) é uma mulher altamente independente, e mora sozinha após sair da casa dos pais e do terrível acidente (ou não) que levou à morte, sua irmã e única companheira. Agora Meg só tem um pai distante, e uma prima louca.
  
 No seu aniversário, Meg recebe um estranho bilhete com um presente do seu ex-namorado, Lucas, dizendo que sente saudades e blá blá blá. Sua prima a arrasta para comemorar seu aniversário em uma movimentada boate da cidade, e é lá que Meg tem as maiores surpresas da sua vida.

“Eu, Megan Harris, juro lealdade ao clã Domovoi, o rei Craft Domovoi e ao meu povo, a partir de hoje, e até o fim da minha vida.” Pág: 129

  Depois de umas bebidas, o que acontece? Meg encontra seu ex-namorado *ainda louco por ela*, e após muitas investidas dele, Meg irrita-se e decide dar um perdido no cara, indo ao banheiro. E no caminho ela esbarra nele. Simplesmente o cara mais perfeito e lindo que Meg já havia conhecido. Alto, musculo e altamente atraente, os dois sentem-se magicamente atraídos. E o que acontece? Vão ao banheiro e tem uma noite de prazer.

  Depois dessa loucura toda, e não encontrando sua prima, Meg resolve aceitar a carona na moto *e que moto* do Craft, que a leva para casa deixando com ela seu cartão, caso quisessem sair de novo.

  E é nesse emaranhado de acontecimentos, que Lucas é sequestrado misteriosamente, e os sequestradores querem trocar sua vida pela de Meg. Surge então um questionamento. Quem sequestraria o seu ex-namorado, querendo sua vida em troca? Tudo leva a crer que o sequestrador é o Craft, pois eles tiveram uma briga feia na boate, justamente por causa da Meg.

“Antes mesmo que eu desse a ordem, senti calor crescer no meu peito, deslizar para os meus braços e penetrar na terra.” Pág: 174

  Descobrindo então que Craft era somente mais um inocente nessa estória toda, eles unem-se *além da irresistível atração* para tentar descobrir quem era o assassino louco que queria a vida de Meg.

 A vida de Meg dá uma guinada louca, inesperadamente. Ela descobre-se feiticeira, e o Craft (o feiticeiro, líder de um dos seis clãs) acha melhor leva-la para sua casa. Ops...eu disse casa? Na verdade para a mais bela mansão.
  Lá, Meg descobre o porquê de tudo isso está acontecendo e o porquê de ela ser uma feiticeira.

  Ela agora tem que enfrentar seus medos, além de ter um romance ardente com Craft, e acima de tudo, treinar sua magia com um tutor – que nada mais é que o belo irmão do Craft, que tenta a todo custo causar ciúmes no seu belo irmãozinho...haha.

  Sua vida corre grande perigo, e Meg não quer que ninguém saia ferido por sua causa. Então, com seus feitiços mais apurados e desenvolvidos – trabalho do irmão do Craft (Delion), Meg entra na luta e vai até o fim para descobrir quem quer sua vida. Ao mesmo que tenta resolve os problemas familiares de Craft, mais especificamente com sua filha, uma garota linda e distante, que teme a todos, devido a traumas da infância.

  O livro é cheio de momentos tensos, arrepiantes e de pura ação. Gostei do universo criado pela autora, além de que ela soube conduzir e entrelaçar estórias de uma forma única. Posso considerar o livro – que na verdade é uma série – um dos melhores que já li.

Era uma marca de beijo. Uma marca de Sangue. O Sangue que Megan provava o seu amor por mim bem acima do coração que ela destruiu.” Pág:387

  Lilac é uma estória sobre feiticeiros, demônios, dramas familiares e amor. Os cenários foram estrategicamente escolhidos e as cenas são carregadas de emoção. O livro é narrado, na sua maioria, por Megan, dividindo a narrativa – mesmo que somente por algumas partes – com o Craft.
  
 O erotismo é perceptível no livro, pois o romance ardente entre Meg e Craft é inevitável e quando esses dois começam a se pegar já viu.. *rsrsrs*. A autora nos presenteia com grandes momentos de prazer e clímax, revelando uma estória que poderia passar despercebida (por se um gênero bastante explorado e conhecido), mas que mostra-se uma verdadeira obra prima da nossa literatura.

 O final é realmente o mais surpreendente e que me fez ficar louco pela continuação. É simplesmente demais.
  Um livro super recomendado!!

 BOA LEITURA!!!
 
P.S.: Quem comentar na resenha, ganha chance extra de ganhar o livro no sorteio , que será realizado no blog.