quarta-feira, 27 de março de 2013

[Resenha] Cinquenta Tons de Liberdade - E L James

 Título: Cinquenta tons de liberdade


Título Original: Fifty Shades Freed

Autora: E L  James

Editora: Intrínseca

Nº de Páginas: 543

Sinopse: Quando a ingênua Anastasia Steele conheceu o jovem empresário Christian Grey, teve início um sensual caso de amor que mudou a vida dos dois irrevogavelmente. Chocada, intrigada e, por fim, repelida pelas estranhas exigências sexuais de Christian, Ana exige um comprometimento mais profundo. Determinado a não perdê-la, ele concorda. Agora, Ana e Christian têm tudo: amor, paixão, intimidade, riqueza e um mundo de possibilidades a sua frente. Mas Ana sabe que o relacionamento não será fácil, e a vida a dois reserva desafios que nenhum deles seria capaz de imaginar. Ana precisa se ajustar ao mundo de opulência de Grey sem sacrificar sua identidade. E ele precisa aprender a dominar seu impulso controlador e se livrar do que o atormentava no passado. Quando parece que a força dessa união vai vencer qualquer obstáculo, a malícia, o infortúnio e o destino conspiram para transformar os piores medos de Ana em realidade.


Nota Pessoal:

O último volume da trilogia “Cinquenta tons” é realmente...decepcionante. O livro não tem nada surpreendente, é previsível e tem uma atmosfera muito superficial.

Ao contrário do livro anterior – que eu gostei bastante e que me surpreendeu muito mais que os outros dois volumes juntos – o desfecho da história de Anastasia e Grey promete muito mais do que realmente é.

O livro é enorme, e acho que foi esse vácuo que permeou toda a história que deixa no leitor, o sentimento de insatisfação por parte da estória no geral.

No começo, temos a lua-de-mel de Cristian e Anastasia. Não nos é apresentado o casamento deles - pelo menos a princípio – e já nos vemos em um cenário praiano, com Christian e Anastasia vivendo o momento perfeito pós-casamento. Até a Anastasia começar a divagar sobre como o casamento foi perfeito e blá blá blá.

Na verdade não tem muito o que falar, porque não acontece absolutamente nada no livro. E você pergunta: “O que foi que essa mulher escreveu em 543 páginas?!”. Pois é, eu também não consegui captar a essência do livro – se é que tem alguma coisa para ser captada.

O Christian continua total e completamente dominador, chato, inseguro, e eu não sei o que esse cara tem de ‘perfeito’. A Anastasia continua provocante, imatura e totalmente dominada. E fica aquele joguinho, Grey quer dá tudo a Anastasia, quer que ela largue o emprego e viva só e somente só com ele e para ele, enquanto ela quer ser livre, independente, e ainda assim ser casada com esse homem.

Acho que Anastasia e Grey são dois personagens imaturos que não estavam prontos para se casarem. Mesmo tendo toda aquela atração, aquela paixão, aquele amor, a autora se perde nas palavras e acaba por não transmitir nada ao leitor.

Na verdade, E L James escreveu três livros quase que idênticos, sem nada de especial, e que poderia ser resumido em um único.
Eu realmente queria ter gostado mais da estória, assim como gostei do segundo volume. “Cinquenta tons de liberdade” é um livro muito enfadonho, a ponto de quando eu terminar a leitura, pensar: “Essa autora quis tirar uma onda com a cara dos leitores”.

Ainda por cima, a autora resolveu dá uma guinada na relação dos dois colocando uma contradição notória na história. Agora é Anastasia que quer ser algemada, espancada e tudo mais que o senhor especialista em sexo pode oferece-la. Porque só pode, a mulher tanto fez que conseguiu que Grey parasse de ter aquela obsessão de leva-la ao tal quarto de jogos, e vai ela e disse que quer voltar lá e fazer todos aqueles joguinhos sexuais que ela tanto abominava. Ah, por favor né.

A história só iria – e digo iria porque não foi – ficar mais empolgante mesmo lá pela página 400. Se não fosse o tal acontecimento ‘surpreendente’, a cereja do bolo, que a E L James guardou para os leitores *olhos arregalados, cara de surpresa*. Só que não. Sem spoiler – e já sendo spoiler – a tal cena surpreendente, da qual todos me falavam, nada mais era exatamente – e digo sem tirar nem pôr quase nada – o final do primeiro livro da série crepúsculo. Serio, isso me irritou demais, porque eu me sentia lendo a cena de crepúsculo, só que ao invés de Bella, Edward e James, eu lia Anastasia, Grey e Hyde.

O final – último capítulo e Epílogo – foram as melhores partes do livro. A narrativa continua repetitiva – porque a Anastasia fala tantos ‘olhos arregalados’ e ‘putas merdas’?! – e o final é bastante previsível, mesmo sendo legal.

Ah, e não esqueçamos que a autora nos presenteia – ou não – com o primeiro capítulo de “Cinquenta tons de cinza” na visão do Grey. E foi legal até...até você perceber que se a autora escrever um livro na visão dele também vai estar cheios de “puta merda!.

O livro termina num quase: “E eles viveram felizes para sempre”, só que com outras palavras e fim. Exatamente isso. Além de arrastado, descrito minunciosamente, e bem cansativo. A Elena – vulgo Mrs. Robinson – aprece de novo nesse livro, rapidamente, mas como não poderia deixar de ser, causar todo um burburinho na vida do casal. Não consegui enxergar nenhum romantismo propriamente dito nesse livro, e como já disse e reafirmo as cenas são muito superficiais.

“Cinquenta tons de liberdade” é o livro que menos gostei da trilogia, porque é o maior e o que tem menos acontecimentos interessantes. O teor sexual continua no mesmo nível dos outros dois, Grey continua com seus joguinhos sexuais, punindo Anastasia quando ela ‘desobedece’ algumas de suas regras, e o que me incomodou mais foi isso de Anastasia a princípio não querer e não se render ao contrato do primeiro livro – o que para mim a tornava uma mulher forte e decidida, apesar dos pesares – e nesse volume pedir (quase exigir) que ela a puna e a leva ao quarto de jogos – ou seja, ela começou e terminou sendo uma submissa de qualquer jeito (e eu esperava bem mais disso).

Enfim, recomendo o livro para quem já começou a ler a trilogia, mas digo que não esperem nada de muito surpreendente ou chocante.

BOA LEITURA!!!



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7 comentários:

  1. Ronaldo, sua sinceridade é ótima... me gusta mucho. HAHAHAHA Não é devido ao erotísmo, mas eu sinceramente nunca tive interesse pela trilogia. Agora, após os seus comentários... bem, aí é que não tenho mesmo. Enfim...

    Um abraço!
    http://universoliterario.blogspot.com/

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. adorei a sua impressao pessoal, me ajudou muito, obrigada :)

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  4. Nossa, concordo plenamente!! Esse terceiro livro está muitoooo chato!!! Na verdade não sei se vou conseguir terminar, eu gostaria de saber o final da história embora seja previsível mesmo 'o felizes para sempre', acho que vou seguir o conselho e pular umas 200 páginas!!!

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  5. Ronaldo Adoreeeeiii seu Resumo.. Explicou super bem.. Realmente vc disse tudo. Estou no Segundo livro e garanto que ja esta cansativo.. Estou na pagina 200 não vejo diferença do outro,e vamos combinar o casal confuso jesusss essa menina reclama demais.. Parabéns ..agora estou louca que seja lançado o filme em fevereiro bjos

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  6. Estava louca de curiosidade para ler os livros,é os li em apenas uma semana. Houve partes muito repetitivas é o terceiro livro me senti decepcionada.

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