Título: Delírio.
Título original: Delirium.
Autora: Lauren
Oliver.
Editora: Intrínseca.
Nº de páginas: 352.
Sinopse: Muito
tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez
instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é
outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os
cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os
jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor:
sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de
curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe
será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que
assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das
autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as
patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando
apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se
apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas,
depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?
Nota
Pessoal:
“ – Sabe que não é possível ser feliz a não ser que às vezes se
sinta infeliz, certo.” Pág.: 24
Delírio traz
uma proposta inovadora num gênero que fervilha e atrai centenas de milhares de
leitores: distopias. O romance de Lauren
Oliver, que se passa nos Estados Unidos e tem como foco o amor como doença,
é realmente atraente – até pelo trabalho gráfico da editora - e embora tenha características
que parecem fundamentar a maioria das distopias, segue um ritmo mais lento, que
a princípio pode mostrar-se um empecilho na leitura, mas leva o leitor a um
futuro ao mesmo tempo, curioso e assustador.
Ao abrir o livro você vai ser levado aos Estados Unidos – distópico –
onde o amor é considerado uma doença – amor
deliria nervosa – e todas as pessoas são obrigadas a passar por uma
intervenção ou cura. Elas vivem sob um conceito de felicidade e liberdade
distorcido pelo governo opressor, e toda sua vida é ditada sob as regras do
país, inclusive o fato de que o seu parceiro é escolhido através de um
pareamento – seguindo as semelhanças entre classe social, etc. etc.
E está chegando o dia em que a Lena completará 18 anos e passará pela
intervenção. A garota alienada não vê a hora de passar por tudo isso e
viver uma vidinha tranquila com o parceiro que lhe for designado. Ela mora com
parentes e carrega o sangue ‘contaminado’ da mãe, que supostamente teria
morrido por causa do deliria nervosa.
Mas tudo muda quando junto com sua melhor amiga, Hana, ela conhece Alex,
um jovem que causa alguns conflitos na sua cabeça de ‘menina que segue a
cartinha da boa educação e sabe que não pode se apaixonar’. O jovem, que
trabalha no prédio do governo, é misterioso e também se sente atraído por Lena.
Pronto. Ao mesmo tempo em que Lena não quer deixar de seguir as normas e
não vê a hora da sua intervenção, ela se vê em conflito com essa nova
possibilidade: a atração instantânea pelo Alex.