segunda-feira, 5 de novembro de 2012

[Resenha] O Temor do Sábio - Patrick Rothfuss


Título: O temor do sábio

Título original: The Wise Man’s Fear

Autor: Patrick Rothfuss

Editora: Arqueiro

Nº de páginas: 960

Sinopse: O temor do sábio dá continuidade à impressionante história de Kvothe, o Arcano, o Sem-Sangue, o Matador do Rei.
Quando é aconselhado a abandonar seus estudos na Universidade por um período, por causa de sua rivalidade com um membro da nobreza local, Kvothe é obrigado a tentar a vida em outras paragens.
Em busca de um patrocinador para sua música, viaja mais de mil quilômetros até Vintas. Lá, é rapidamente envolvido pela política da corte. Enquanto tenta cair nas graças de um nobre poderoso, Kvothe usa sua habilidade de arcanista para impedir que ele seja envenenado e lidera um grupo de mercenários pela floresta, a fim de combater um bando de ladrões perigosos.
Ao longo do caminho, tem um encontro fantástico com Feluriana, uma criatura encantada à qual nenhum homem jamais pôde resistir ou sobreviver – até agora. Kvothe também conhece um guerreiro ademriano que o leva a sua terra, um ugar de costumes muito diferentes, onde vai aprender a lutar como poucos.
Enquanto persiste em sua busca de respostas sobre o Chandriano, o grupo de criaturas demoníacas responsável pela morte de seus pais, Kvothe percebe que a vida pode ser difícil quando um homem se torna uma lenda de seu próprio tempo.

 
Nota Pessoal:
Resenha do primeiro volume da trilogia – “O Nome do Vento” - Aqui

“Lembre-se de que há três coisas que todo sábio teme: o mar na tormenta, uma noite sem luar e a ira de um homem gentil.” Pág: 361

Como começar uma resenha de um livro tão profundo e que me emocionou tanto?! Eu poderia dizer que o livro é emocionante, profundo, tocante, e te faz ter a certeza de que ler é a melhor coisa do mundo. Mas isso seria realmente muito, muito pouco, se comparado a grandiosidade dessa obra do Patrick.

Eu não pensei que a série fosse tornar-se uma das minhas preferidas. Mas com certeza ela é. Diferentemente do primeiro livro, essa estória é mais profunda, emocionante e cheia de aventuras, permeadas por toques de sutileza e ação.

Nosso protagonista – Kvothe – está mais forte e decidido. Desde seu ingresso na Universidade – primeiro livro – o que sempre o moveu foi a sede de conhecimento e o desejo ardente de vingar a morte de seus pais, pelo misterioso grupo Chandriano.

Agora, nosso – herói ou vilão – está mais sábio, esperto e astuto. Além de reforçar suas amizades já firmadas com Sim e Wilem, desde seu ingresso na Universidade, Kvothe continua a causar problemas para Ambrose – seu arqui-inimigo – e a ganhar a antipatia de alguns.

Considerado o sem sangue e um dos mais belos e experientes – mesmo com a pouca idade – tocador de alaúde, Kvothe continua sua busca irrefreável por vingança.

“Portanto, sim, ele tinha suas falhas, mas que importância tem isso, quando se trata de questões do coração? Amamos aquilo que amamos.” Pág: 58

Então, depois de alguns problemas causados na Universidade, Kvothe é orientado por um dos mestres a passar um tempo afastado da mesma, para evitar futuros problemas, e aumentar sua taxa, já que seria um bom pretexto para faze-lo desistir de estudar magia, já que ele não tinha dinheiro.

Surge a oportunidade de seguir para uma terra tão tão distante. Num lugar onde o imprevisível poderia acontecer. Um rei precisando da ajuda de um jovem guerreiro astuto, esperto e discreto. E é para lá que embarca Kvothe, afim de ganhar a confiança do rei, ajuda-lo no que for preciso e ainda ganhar dinheiro para pagar sua taxa na universidade.

Um misto de emoções surgem no nosso querido Kvothe, muitas façanhas serão precisas e decisivas nessa longa jornada do jovem guerreio de cabelos ruivos. E ele não se faz de rogado e honra o nome que o ostenta. Kvothe o matador do rei, o sem-sangue, aquele que sabe e luta por o que deseja.

“ O tak reflete o girar sutil do mundo. É um espelho que seguramos diante da vida.” Pág: 440

Nas terras distantes da Universidade, Kvothe conhece o rei, ajuda-o a conquistar a mulher bela para tornar-se a rainha, e ainda por cima descobre que o servo e médico do rei, não o estava ajudando a recuperar-se de sua doença, pelo contrário, estava envenenando-o para um propósito desconhecido.

Além disso, um grupo desconhecido começar a invadir as terras do rei e a roubar suas riquezas. O guerreiro Kvothe é o líder do grupo que partirá e tentará acabar com tudo isso que ronda e compromete a integridade do rei.

Nesse caminho desconhecido, Kvothe conhece jovens guerreiros, aperfeiçoa seu conhecimento, toca seu alaúde magnificamente bem, conhece outra língua – o que consequentemente desencadeia sua série de acontecimentos no livro – e reencontra quem menos esperava, Denna.

Ao acabar com o grupo que estava invadindo as terras do rei – diga-se de passagem, essa foi uma aventura realmente incrível com lutas e cenários magníficos e um bosque encantadoramente belo – Kvothe é envolvido por algo misterioso.

Feluriana. Aquela que tem tudo o que deseja e que mata ou enlouquece todos os homens que assim ela deseja. Com Kvothe não foi diferente. Movido pela beleza, feminilidade e delicadeza – além do seu canto belo – nosso guerreiro é envolvido pelas façanhas da bela mulher da terra dos encantados; aquela que mesmo depois de mil anos continuava perfeita e atraente.

O que ninguém esperava é que Kvothe fosse sair vivo dessa aventura com Feluriana, que mesmo depois de tê-lo por inteiro, o deixa partir, enganada por ele, que além de demonstrar ser sábio com as palavras, demonstrou que é forte o suficiente para enfrenta-la, chamando o nome do vento.

O livro é complexo, tem muitas aventuras separadas, distantes, e ao mesmo tempo tão perto, que se entrelaçam de um forma magica e significativa.

É inegável que é um livro muito grande, com muitas páginas, mas posso dizer que cada frase, cada palavra, foi encaixada na hora certa, do jeito certo, o que só tornou o livro ainda mais perfeito.
Em uma aventura épica, em cenários marcantes e encantadores, Patrick Rothfuss nos presenteia com um livro mágico e encantador, onde o imprevisível é o dono da situação e a emoção vai ao extremo da razão. Uma estória encantadora.

BOA LEITURA!!!

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3 comentários:

  1. Ronaldo, parabéns pela resenha (: Só tenho visto bons comentários voltados sobre esta série, não tenho nada a declarar pela quantidade de páginas já que o que vale é o conteúdo e não a quantidade de páginas que um livro possui.

    Beijos ;*
    Natalia - ELL
    http://musicaselivros.blogspot.com/

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  2. Ownnn!!
    vc já leu ou melhor TEM o livro e EU não :z
    poxaaa, tenho só o primeiro volume quero comprar esse mais nunca abaixa o valor dele :|
    tenho certeza que irei amar o livro apesar de ser volumosos.
    Beliscões carinhosos da Máh-
    Felicidades nos Livros

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