Título: O
mundo é o que é
Autor: Gilmar Marcílio
Editora: BelasLetras
Nº de páginas: 234
Sinopse: O
mundo é o que é, sim, mas não é possível enxergá-lo apenas a partir do que ele
nos apresenta. Para encontrá-lo, é preciso antes encontrar-se. Fugir das idéias
fáceis, dos caminhos marcados, do véu das aparências. Olhar para dentro é muito
mais difícil do que olhar para fora. É esse exercício que nos propõe o filósofo
gaúcho Gilmar Marcílio, em crônicas que percorrem com sensibilidade e
inteligência as artérias da alma humana, das relações afetivas e da sociedade
moderna. Um convite para refletir e admirar a vida, sem fórmulas ou teorias,
porque o mundo não é um paraíso metodológico. O mundo é cheio de contradições e
incertezas. De casamentos e separações. De coisas palpáveis e de ilusões. E são
essas experiências que vão construir a personalidade de cada um. Saber viver é
encontrar-se consigo mesmo e deixar que a fluidez do tempo e do que nos cerca
nos transforme em pessoas melhores. Como uma cobra que larga a pele, o ser
humano também pode se renovar. Pode aprender a contemplar a própria existência,
sem tanta angústia ou preocupação. Para Gilmar Marcílio, às vezes importar-se
menos significa saber usufruir mais. O mundo é o que é, sim. Com suas
celebrações e seus encontros, com seu silêncio e seu sofrimento. Mas é possível
ser feliz - muito feliz - nele.
É gente eu sumi, mas agora eu voltei e para ficar!
Minha vida anda um pouco atordoada, pois estou quase me formando
(semestre que vem) e agora eu tenho meu próprio blog, mas não é por causa disso
que deixarei meu compromisso como colaboradora aqui do blog. Por isso fiquei
muito feliz quando o Ronaldo me mandou e-mail falando sobre com qual coluna eu
poderia colaborar e se eu realmente continuaria. Claro que não pensei nem duas
vezes e mandei logo uma resposta positiva para ele.
E eis que ele me mandou esse primeiro livro para resenhar. É um livro
composto por 66 crônicas. Devo confessar que não é meu gênero preferido, mas
não tenho preconceitos e leio de tudo (mesmo que eu demore algumas semanas, mas
leio. É muito difícil que eu abandone um livro).
Então, eu demorei quase três semanas para lê-lo, mas eis que terminei e
aqui está a resenha. As crônicas tratam de vários assuntos, mas segundo o que
percebi a maioria fala sobre relacionamentos, tanto amorosos como amizades,
mães e afins.
É impossível falar de todas as crônicas, então eu escolhi algumas que eu
achei mais interessante para falar um pouquinho pra vocês.
A primeira crônica que eu escolhi é exatamente a primeira do livro. O
título é Beijar e eu gostei muito dela, pois o autor fala
que gostaria de ensinar ao filho (se tivesse um) que uma das coisas mais
bonitas da vida é beijar. Também fala como algumas pessoas repudiam quando veem
alguém se beijando na rua (conheço pessoas que também tem esse problema e acho
isso uma grande besteira). Tem uma parte que eu achei a mais interessante e
concordo plenamente é que muitos adolescentes beijam dez b=na boca na mesma
noite, mas é como se não beijassem nenhum. Porém morrem de vergonha quando os
pais se aproximam com intenções amorosas.
"Viver
é poder tocar o outro. Viver é beijar." pág. 13
Outra crônica foi a décima, A inteligência e o amor, ele trata do medo que temos da solidão, principalmente as mulheres. Na
grande maioria das vezes as mulheres ficam com homens que são inferiores a elas
(sem nem mesmo um resquício de charme) só porque estão em busca de um
companheiro ideal, mesmo sabendo que ele não existe acabam dizendo sim para
aqueles que apresentam supostas credenciais.
Acho que a crônica que não poderia faltar para encerrar essa resenha é a
que dá nome ao livro, ela é a crônica de número 65 e conta qual a idade que é
melhor, o autor diz que depende do momento em que você está vivendo. Em muitos
casos achamos que é a que estamos em outras as que estão por vir. O autor faz um
breve histórico de como é cada fase da vida do ser humano.
De uma maneira geral eu gostei do livro. Os assuntos das crônicas são
bem interessantes, mas algumas são um pouco repetitivas e acho que o autor dá
uma veia meio negativa para se casar e ter filhos.
A capa é bonita e tem a ver com alguns temas das crônicas e não há
problemas de revisão. Recomendo a leitura para quem gosta de crônicas, se você
não gosta será mais difícil de se envolver com a leitura.
Boa Leitura!!!
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