Título original: The Rules of Seduction
Autora: Madeline
Hunter
Editora: Arqueiro
Nº de páginas: 264
Sinopse: Lorde
Hayden Rothwell chega à casa de Alexia Welbourne sem aviso e sem ser convidado
– um homem poderoso e sedutor, movido por interesses obscuros. Sua visita
anuncia a ruína financeira da família de Alexia e o fim das esperanças da jovem
de um dia conseguir um bom casamento. Para se sustentar, a moça recebe a
proposta de ser dama de companhia de Lady Henrietta Wallingford e preceptora de
sua filha. O problema é que a oferta vem do sobrinho de Henrietta, ninguém
menos que lorde Hayden.
Morando na casa da tia de Rothwell, Alexia descobre que a proximidade
com o homem que destruiu sua família pode ser perigosamente irresistível. Num
gesto impensado, ela se entrega a ele, e ambos se veem obrigados a se casar. O
que Alexia não sabe é que os atos aparentemente arrogantes de seu belo e
sensual marido são motivados por uma dívida de honra que pode levá-lo a
sacrificar tudo.
Com tantas mágoas e segredos entre eles, o casal tem tudo para se manter
afastado. Mas Hayden é um homem apaixonante e Alexia, a tentação que o faz
perder a cabeça. Morando sob o mesmo teto, eles acabam se aproximando e,
juntos, vão descobrir um jogo de sedução em que cada um faz as próprias regras.
Nota
Pessoal:
Ler um clássico histórico foi realmente uma agradável surpresa. Não
saber o que esperar de um determinado livro, e vê-lo surpreender tanto em
vários aspectos é algo que deixa o leitor com o sentimento de dever cumprido.
Pois bem, foi exatamente essa a sensação que tive ao terminar a leitura de ‘As
Regras da Sedução’: uma estória que mescla aspectos culturais de uma Inglaterra
do século XIX, através de personagens realistas em uma narrativa deliciosamente
envolvente.
Alexia é uma jovem inglesa que vive de favor na casa de alguns parentes.
Obrigada a enfrentar sua nova realidade após a morte dos pais, ela conseguiu
adaptar-se muito bem ao estilo nada luxuoso, porém satisfatório, que sua nova
condição a impunha.
Hayden é um homem rico que tem tudo o que o dinheiro poderia
proporcionar. Enigmático e muito desejado pelas mulheres, o lorde inglês não
poderia cruzar o caminho de Alexia de forma mais conturbada.
É através de uma narrativa que desenrola-se fácil e surpreendentemente
bem, que nos deparamos com um casal totalmente contraditório, em circunstâncias
que estavam totalmente contra esse relacionamento. Após descobrir fraudes no
banco, Hayden decide retirar todo o seu dinheiro e obriga o primo de Alexia –
Timothy – a devolver todo o dinheiro roubado dos clientes, levando toda a
família a beira da falência.
Mas a história contada a Alexia e suas primas através do próprio Timothy
não é essa. Ele as faz acreditar que o culpado da ruína financeira da família é
Hayden, plantando a semente do ódio no coração das jovens moças que não mais
farão parte da sociedade.
Não tendo para onde ir, Alexia, que sente-se mais um peso que um membro
da família, decide que não poderá seguir caminho com seus primos. É aí que o
sedutor Lorde Hayden oferece o emprego de preceptora a ela, que deveria servir
a sua tia e prima.
O que ele não esperava era ver-se envolvido pela beleza e ingenuidade da
jovem e bela Alexia, e mais: perceber que por mais impensável e imprevisível –
e por menor que fosse – aquele sentimento era recíproco. Hayden e Alexia
entregam-se então a esse desejo carnal quase incontrolável.
Como todo bom lorde e cavalheiro que se preze, Hayden propõe casar-se com
ela. A surpresa é tamanha que a própria Alexia recusa-se a acreditar que aquilo
realmente estivesse acontecendo. Vendo naquele casamento um modo de ajudar sua
família – e a ela própria – a jovem aceita entregar-se aquele homem sedutor.
Porém, nenhum dos dois esperava que esse pequeno desejo, essa pequena faísca,
fosse transformar-se em um grande amor.
“A tristeza do
alívio, a forma como massacrava seu coração, indicava que isso fazia diferença
para ela. Ela poderia até saber da possibilidade, mas não queria que
acontecesse. Não era uma reação sensata, de forma alguma. Já desistira de se
ressentir ou de lutar contra as verdades da vida. Quando não se pode mudar
algo, quando não se pode vencer, a rebeldia só leva a mais infelicidade.” Pág:
179
Não sei se foi o modo como a autora desenvolveu seus personagens e
estória ou o contexto geral no qual tudo foi ambientado, fato é que eu adorei
tudo que li. Personagens, diálogos, cenários, tudo foi surpreendentemente bem
desenvolvido e interessante.
O mais legal de tudo foi descobrir esse novo tipo de narrativa. Eu
realmente adorei os diálogos astutos dos personagens, as personalidades fortes
de Alexia e Hayden, e os costumes, roupas e modos de se portar daquela época.
Melhor dizendo, – e eu posso estar errado – acho que eu gostaria de qualquer
estória que seguisse essa mesma linha de romance histórico.
O livro em questão traz uma história forte, com personagens marcantes e
uma linguagem sofisticada. A forma como a autora conduz toda a trama, seja através
do romance ardente entre os protagonistas, seja através da estória secundária
que está incutida no livro – todo o mistério que envolve o passado de ambos,
Alexia e Hayden, e que tem um papel significativo para o desenvolvimento do
livro - é o que torna perceptível que por mais comum que a estória possa
parecer, ela é especial de alguma forma por trazer elementos que a tornam
atrativa para o leitor que procura esse tipo de leitura.
As cenas descritas são altamente detalhadas, mas não enfadonhas; A
autora soube brincar com esses elementos históricos, incutindo em uma estória
que aparentemente não foge aos padrões de um ‘bom romance histórico’,
personagens que vão além do que aparentemente são... Alexia, por exemplo, é a
típica mulher frágil/forte. Ela sofre por um passado que poderia lhe ser
conveniente para um futuro honroso, enquanto ao mesmo tempo vai de encontro ao
que as pessoas ditavam como certo na época: ela não baixa a cabeça diante
daquele homem, por mais rico, sedutor e importante que ele fosse.
E não posso deixar de dizer o quanto gostei de ver o Hayden se curvar diante da
Alexia. Essa coisa de fugir dos padrões comuns, onde somente a mulher pode e
deve arrastar-se para conquistar o homem, foi sem dúvidas, o ápice de todo o
livro. Então se você está cansado(a) de ver a mocinha humilhar-se para
conquistar o bonitão, ‘As Regras da Sedução’ vai quebrar esse paradigma de que
o macho alfa é o centro do universo.
Mesmo não sendo totalmente romântico, o livro traz um tom ousado e
peculiar no modo como foi desenvolvido. Têm cenas românticas, cenas ‘hot’ e
cenas que deixam o leitor simplesmente feliz por ler algo tão implicitamente
comum, mas ao mesmo tempo, bom.
Se você gosta de um bom romance, ‘As Regras da Sedução’ é um prato
cheio, e/ou se você, assim como eu, nunca teve a oportunidade de ler um romance
histórico, posso dizer que o este é um ótimo pontapé para esse tipo de leitura.
Boa Leitura!!!
Eu vou ler!!!!!!!!!!
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkk
Não acredito que vc leu antes de mim Ronaldo!
Agora leia logo O Duque e Eu, sei que vc vai gostar muito!
Faby - Blog Adoro Romances de Aracaju
Olá Ronaldo!
ResponderExcluirGostei do livro só pela resenha. Se um dia lembrar dele, leio.
Pelo que entendi, o livro é um clássico, mas pela sinopse não parece. Me lembra um livro muito atual.
Até mais!
Com certeza vou ver se leio ;)
ResponderExcluirBjs
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