quinta-feira, 27 de junho de 2013

[Resenha] As Regras da Sedução - Madeline Hunter

Título: As Regras da Sedução


Título original: The Rules of Seduction

Autora: Madeline Hunter

Editora: Arqueiro

Nº de páginas: 264

Sinopse: Lorde Hayden Rothwell chega à casa de Alexia Welbourne sem aviso e sem ser convidado – um homem poderoso e sedutor, movido por interesses obscuros. Sua visita anuncia a ruína financeira da família de Alexia e o fim das esperanças da jovem de um dia conseguir um bom casamento. Para se sustentar, a moça recebe a proposta de ser dama de companhia de Lady Henrietta Wallingford e preceptora de sua filha. O problema é que a oferta vem do sobrinho de Henrietta, ninguém menos que lorde Hayden.
Morando na casa da tia de Rothwell, Alexia descobre que a proximidade com o homem que destruiu sua família pode ser perigosamente irresistível. Num gesto impensado, ela se entrega a ele, e ambos se veem obrigados a se casar. O que Alexia não sabe é que os atos aparentemente arrogantes de seu belo e sensual marido são motivados por uma dívida de honra que pode levá-lo a sacrificar tudo.
Com tantas mágoas e segredos entre eles, o casal tem tudo para se manter afastado. Mas Hayden é um homem apaixonante e Alexia, a tentação que o faz perder a cabeça. Morando sob o mesmo teto, eles acabam se aproximando e, juntos, vão descobrir um jogo de sedução em que cada um faz as próprias regras.

Nota Pessoal:

Ler um clássico histórico foi realmente uma agradável surpresa. Não saber o que esperar de um determinado livro, e vê-lo surpreender tanto em vários aspectos é algo que deixa o leitor com o sentimento de dever cumprido. Pois bem, foi exatamente essa a sensação que tive ao terminar a leitura de ‘As Regras da Sedução’: uma estória que mescla aspectos culturais de uma Inglaterra do século XIX, através de personagens realistas em uma narrativa deliciosamente envolvente.

Alexia é uma jovem inglesa que vive de favor na casa de alguns parentes. Obrigada a enfrentar sua nova realidade após a morte dos pais, ela conseguiu adaptar-se muito bem ao estilo nada luxuoso, porém satisfatório, que sua nova condição a impunha.

Hayden é um homem rico que tem tudo o que o dinheiro poderia proporcionar. Enigmático e muito desejado pelas mulheres, o lorde inglês não poderia cruzar o caminho de Alexia de forma mais conturbada.
É através de uma narrativa que desenrola-se fácil e surpreendentemente bem, que nos deparamos com um casal totalmente contraditório, em circunstâncias que estavam totalmente contra esse relacionamento. Após descobrir fraudes no banco, Hayden decide retirar todo o seu dinheiro e obriga o primo de Alexia – Timothy – a devolver todo o dinheiro roubado dos clientes, levando toda a família a beira da falência.

Mas a história contada a Alexia e suas primas através do próprio Timothy não é essa. Ele as faz acreditar que o culpado da ruína financeira da família é Hayden, plantando a semente do ódio no coração das jovens moças que não mais farão parte da sociedade.

Não tendo para onde ir, Alexia, que sente-se mais um peso que um membro da família, decide que não poderá seguir caminho com seus primos. É aí que o sedutor Lorde Hayden oferece o emprego de preceptora a ela, que deveria servir a sua tia e prima.

O que ele não esperava era ver-se envolvido pela beleza e ingenuidade da jovem e bela Alexia, e mais: perceber que por mais impensável e imprevisível – e por menor que fosse – aquele sentimento era recíproco. Hayden e Alexia entregam-se então a esse desejo carnal quase incontrolável.

Como todo bom lorde e cavalheiro que se preze, Hayden propõe casar-se com ela. A surpresa é tamanha que a própria Alexia recusa-se a acreditar que aquilo realmente estivesse acontecendo. Vendo naquele casamento um modo de ajudar sua família – e a ela própria – a jovem aceita entregar-se aquele homem sedutor. Porém, nenhum dos dois esperava que esse pequeno desejo, essa pequena faísca, fosse transformar-se em um grande amor.
                                          
“A tristeza do alívio, a forma como massacrava seu coração, indicava que isso fazia diferença para ela. Ela poderia até saber da possibilidade, mas não queria que acontecesse. Não era uma reação sensata, de forma alguma. Já desistira de se ressentir ou de lutar contra as verdades da vida. Quando não se pode mudar algo, quando não se pode vencer, a rebeldia só leva a mais infelicidade.” Pág: 179

Não sei se foi o modo como a autora desenvolveu seus personagens e estória ou o contexto geral no qual tudo foi ambientado, fato é que eu adorei tudo que li. Personagens, diálogos, cenários, tudo foi surpreendentemente bem desenvolvido e interessante.

O mais legal de tudo foi descobrir esse novo tipo de narrativa. Eu realmente adorei os diálogos astutos dos personagens, as personalidades fortes de Alexia e Hayden, e os costumes, roupas e modos de se portar daquela época. Melhor dizendo, – e eu posso estar errado – acho que eu gostaria de qualquer estória que seguisse essa mesma linha de romance histórico.

O livro em questão traz uma história forte, com personagens marcantes e uma linguagem sofisticada. A forma como a autora conduz toda a trama, seja através do romance ardente entre os protagonistas, seja através da estória secundária que está incutida no livro – todo o mistério que envolve o passado de ambos, Alexia e Hayden, e que tem um papel significativo para o desenvolvimento do livro - é o que torna perceptível que por mais comum que a estória possa parecer, ela é especial de alguma forma por trazer elementos que a tornam atrativa para o leitor que procura esse tipo de leitura.

As cenas descritas são altamente detalhadas, mas não enfadonhas; A autora soube brincar com esses elementos históricos, incutindo em uma estória que aparentemente não foge aos padrões de um ‘bom romance histórico’, personagens que vão além do que aparentemente são... Alexia, por exemplo, é a típica mulher frágil/forte. Ela sofre por um passado que poderia lhe ser conveniente para um futuro honroso, enquanto ao mesmo tempo vai de encontro ao que as pessoas ditavam como certo na época: ela não baixa a cabeça diante daquele homem, por mais rico, sedutor e importante que ele fosse.

E não posso deixar de dizer o quanto gostei de ver o Hayden se curvar diante da Alexia. Essa coisa de fugir dos padrões comuns, onde somente a mulher pode e deve arrastar-se para conquistar o homem, foi sem dúvidas, o ápice de todo o livro. Então se você está cansado(a) de ver a mocinha humilhar-se para conquistar o bonitão, ‘As Regras da Sedução’ vai quebrar esse paradigma de que o macho alfa é o centro do universo.

Mesmo não sendo totalmente romântico, o livro traz um tom ousado e peculiar no modo como foi desenvolvido. Têm cenas românticas, cenas ‘hot’ e cenas que deixam o leitor simplesmente feliz por ler algo tão implicitamente comum, mas ao mesmo tempo, bom.

Se você gosta de um bom romance, ‘As Regras da Sedução’ é um prato cheio, e/ou se você, assim como eu, nunca teve a oportunidade de ler um romance histórico, posso dizer que o este é um ótimo pontapé para esse tipo de leitura.

Boa Leitura!!!






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3 comentários:

  1. Eu vou ler!!!!!!!!!!

    kkkkkkkkkkkk

    Não acredito que vc leu antes de mim Ronaldo!

    Agora leia logo O Duque e Eu, sei que vc vai gostar muito!

    Faby - Blog Adoro Romances de Aracaju

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  2. Olá Ronaldo!

    Gostei do livro só pela resenha. Se um dia lembrar dele, leio.

    Pelo que entendi, o livro é um clássico, mas pela sinopse não parece. Me lembra um livro muito atual.

    Até mais!

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  3. Com certeza vou ver se leio ;)
    Bjs
    http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/

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