terça-feira, 16 de julho de 2013

[Resenha] O Duque e Eu - Julia Quinn

Título: O Duque e Eu

Título original: The Duke and I

Autora: Julia Quinn

Editora: Arqueiro

Nº de páginas: 282

Sinopse: Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo.
Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta.
Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.

Nota Pessoal:

Se tem uma coisa de que eu gosto é não saber o que esperar de um livro, e vê-lo me surpreender – positivamente falando. ‘O Duque e Eu’ me conquistou desde a primeira página, com seus personagens marcantes, sua narrativa inesquecível e sua história surpreendentemente ousada e com uma veracidade incrível.

É certo que quando você pega um livro, cuja autora é comparada a ‘Jane Austen’ ou que carrega o legado de “Nossa Jane Austen contemporânea” – comentário de Jill Barnett – não é nada difícil perceber que por trás de tudo aquilo existe uma contadora de histórias que é realmente muito boa. E a Julia Quinn é simplesmente... fantástica.

Simon é um duque enigmático e irresistivelmente atraente que de volta a Londres, traz um passado sombrio e desprezível. O que já era de se esperar acaba concretizando-se quando o duque se vê cercado por todas as mães que pretendem arrumar um ‘bom partido’ para suas filhas. Mas não é isso que ele quer para sua vida.

Daphne é a quarta filha de uma família de oito. Solteira, a jovem parece viver uma vida feliz ao lado dos irmãos e da mãe. Com uma ótima situação financeira, ninguém sabe ao certo o porquê da jovem ainda não ter casado, só tendo arranjado pretendentes que não a convinha. Até a chegada do duque Simon.

Um plano que parece infalível articula-se na cabeça de Simon e seria conveniente tanto para ele quanto para a jovem Daphne, cujo irmão era amigo do duque. Eles fingiriam um namoro e enquanto ele estaria livre de todas as mães que o cercavam, estaria também atraindo possíveis pretendentes para Daphne – já que uma mulher namorando, ainda mais com um duque, despertaria o interesse dos homens solteiros.

O que nenhum dos dois esperava era que isso fosse acabar tornando-se uma verdadeira bola de neve. O fingimento tem como consequência uma maior aproximação de ambos. Levando-os a uma atração irresistível. Mas existem vários ‘contras’ nesse jogo: Anthony, irmão mais velho de Daphne e amigo de Simon, não permite que essa farsa acabe por tornar-se um namoro e possível casamento.

E quem é capaz de mandar no coração!? Daphne acaba por envolver-se completamente com Simon, causando uma série de consequência sombrias tanto para si, como para seu possível ‘marido’ e sua família.


“Por um instante, Daphne se esqueceu de respirar. Justo quando havia concluído que seu suposto salvador era irremediavelmente arrogante, ele tinha que lhe sorrir daquela maneira... Era um daqueles sorrisos de menino, do tipo que derrete corações femininos num raio de 15 quilômetros.” Pág: 44


Este livro só serviu para afirmar minha teoria de que realmente amo esses clássicos. A época na qual o livro é narrado já é um atributo para o desenrolar de qualquer história de amor sedutora e envolvente, e quando uma autora tão boa quanto a Julia consegue captar, melhor do que ninguém, a essência e transcrever para o papel, com personagens tão profundos e fortes quando os de ‘O Duque e Eu’, o livro não pode sair melhor.

A Daphne, por exemplo, é aquela mocinha frágil bem típica da época. Só que ao mesmo tempo, ela consegue manter a feminilidade, tentando ao máximo seguir a cartilha de ‘boa moça’ ditada pela sociedade da época, ela não se curva diante de tudo. Faz o que acredita ser o certo e tem coragem suficiente para ir até onde for possível para defender e fazer valer suas próprias convicções.

Simon é o típico cavalheiro que deixa todas as mulheres suspirando pelos cantos. Seu jeito de tratar as damas, seus modos, e principalmente sua história de vida é o que fazem dele o homem que a maioria das mulheres quer ter ao lado - mulheres, corrijam-me se eu estiver errado.

A família de Daphne é um sonho. O jeito brincalhão de ambos se tratarem, a mãe que sabe que o mais importante para os filhos é ser feliz, e todo o companheirismo que paira sobre todos é incrível. Não tenho dúvidas de que gostarei de todos os outros livros que trazem as histórias de cada um dos irmãos.

E a Julia Quinn tem uma escrita majestosa. Com descrições detalhadamente bem desenvolvidas, a autora soube transmitir para o leitor a sociedade inglesa XIX: com seus bailes sociais, seus trajes encantadores e os casamentos arranjados.

Consegui viver cada acontecimento e não pude deixar de amar tudo o que estava escrito. Os diálogos inteligentes e o cenário encantador fazem de ‘O duque e eu’ um livro ímpar, de uma veracidade e encanto que só uma autora única é capaz de escrever.

Amei todos e cada um dos acontecimentos: ri, fiquei com raiva e senti cada emoção de cada personagem. É uma história carregada de sentimentos conflitantes – no melhor sentido da expressão.

‘O duque e eu’ é uma verdadeira história de amor. Se você gosta desse estilo literário, esse livro com certeza é um forte candidato a entrar em sua lista de favoritos, se não conhece, nada melhor que ser apresentado através dessa obra prima.

Eu amei!

Boa Leitura!!!

P.S.: ‘O Duque e Eu’ é o primeiro da série ‘Os Bridgertons’, composta por oito livros, cada um trazendo a história de um dos irmãos. O próximo livro da série tem título provisório de ‘O Visconde que me amava’ e traz a história de Anthony.



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3 comentários:

  1. Olá Ronaldo!

    Bem, o livro me chamou atenção, mas não senti vontade de ler. Não gosto de clássicos e.e
    Achei a história perfeita. Se o livro se passasse nos dias atuais, mesmo que fosse estranho, me agradaria muito mais...

    MAAAAAS, quem sabe um dia eu leia... de preferência depois que todos os livros estiverem publicados kkkkkkk

    Até depois, abraços!

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  2. Oi, Ronaldo!
    Eu li esse livro e não gostei pelo simples fato de que tem sexo demais, e pra mim, isso não é romance. A escrita da autora é realmente muito boa, e os personagens são fortes, mas esse ponto já me decepcionou.

    @mmundodetinta
    maravilhosomundodetinta.blogspot.com.br

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  3. Oi Ronaldo. Quando comecei a ler o enredo narrado por você me veio logo à cabeça "Orgulho e Preconceito" da Jane Austen, mas depois de transformou e acabou virando um 'clássico-contemporâneo'. Adoro Clássicos, principalmente aqueles passados em terras lindas como a Inglaterra. Com certeza fiquei animado com a leitura e já vai direto para minha listinha. Gostei muito da resenha e espero curtir ainda mais o livro. Abraço! De Frente com os Livros

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