terça-feira, 19 de novembro de 2013

[Resenha] Prodigy - Marie Lu

Título: Prodigy.
Título original: Prodigy.
Autora: Marie Lu.
Editora: Prumo.
Nº de páginas: 304.
Sinopse: Depois que um cataclismo atingiu o planeta Terra, extinguindo continentes inteiros, os Estados Unidos se dividiram em duas nações em guerra: a República da América, a oeste, e as Colônias, formadas pelo que restou da costa leste da América do Norte. June e Day, a menina prodígio e o criminoso mais procurado da República, já estiveram em lados opostos uma vez.
Agora eles têm a oportunidade de lutar lado a lado contra o controle e a tirania da República e, assim, alterar para sempre o rumo da guerra entre as duas nações. Resta saber se estão preparados para pagar o preço que as transformações exigirão deles.

 Nota Pessoal:


Numa sequência eletrizante, a estória do garoto mais procurado pela República – Day -, e da garota prodígio – June -, torna-se ainda mais concreta e fascinante. Em Prodigy, Marie Lu expõe o lado sentimental dos seus personagens, sem perder o ritmo e com a mesma desenvoltura e maestria com as quais escreveu Legend resenha aqui ). Este segundo volume, consegue ainda mais que o primeiro, aproximar-se da nossa realidade. E começa quando June e Day se veem obrigados a juntar-se aos Patriotas – um grupo de pessoas que lutam freneticamente contra o regime ditatorial da República.

Depois de terem fugido, June e Day conseguem chegar numa cidade que possivelmente abriga um grupo de Patriotas. O objetivo principal é encontrar Tess – que está com o grupo - e salvar o irmão de Day – Éden – das garras do Primeiro Eleitor. Mas é quando o atual Primeiro Eleitor morre, e seu filho Anden assume o poder, que uma oportunidade mais propícia surge. Os Patriotas ajudariam a resgatar o irmão de Day e mandá-los para as Colônias, e em troca ele assassinaria Anden. Todo um plano é traço, June finge clamor para a República, infiltrando-se lá e ganhado a confiança de Anden, enquanto Day ficaria escalado para mata-lo, dando o poder a Razor – líder dos Patriotas.


O que June não esperava era que tudo aquilo não passava de uma armação. E se Anden não fosse igual ao pai?! E se ele fosse a única esperança de todo aquela ‘nação’?! Essas dúvidas surgem quando ela o conhece. E muitas outras. Day corre contra o tempo e está ansioso para enfim encontrar o irmão e viver feliz nas Colônias. June está disposta a provar para o garoto que os Patriotas estão errados quanto a Anden. Duas situações embaraçosas, e no meio de tudo isto a esperança de ver a República transformar-se no que possivelmente fora um país livre: Os Estados Unidos da América.

Não é segredo que eu fiquei simplesmente apaixonado pelo enredo de Legend. Uma distopia que traz grandes atributos; além de entreter, chama à atenção e prende o leitor nas páginas de um livro dinâmico e fascinante. Prodigy, não só continua a saga de June e Day, como abre uma infinidade de possibilidades sobre o rumo que a estória irá tomar.

Concentrado muito mais na forma como um ato pode refletir na sociedade, o livro não perde a ação e não descontrói a narrativa frenética do primeiro. Ainda sob o ponto de vista de ambos os principais – Day e June – a autora escancarou e mostrou a humanidade de seus personagens.
June, a garota durona, nada mais é que uma menina confusa e cheia de medos escondidos pela pilha de frustrações e mentiras que ela foi obrigada a viver. Day, aquele que sempre lutou por aquilo que acredita, e perdeu pessoas por isso, é apenas um garoto que sonha com um futuro promissor, tendo ao lado as únicas pessoas que lhe restou.

Contando assim pode soar meio ‘dramático’. Mas sério, não é. Muito pelo contrário, a humanidade dos personagens foi exposta de um modo peculiar, sem afetar o ritmo que a autora imprimiu em sua distopia. A narrativa ágil; os acontecimentos frenéticos; os segredos que não foram compartilhados; a inserção de novos personagens; tudo isso desperta à atenção de como a trama é bem estruturada e digna de aplausos de pé.

Falando mais diretamente dessa inserção de personagens novos, temos os de maior destaque: Baxter e Pascao. O primeiro, um garoto dos Patriotas, que não consegue ir com a cara de Day porque ele não consegue retribuir o amor de Tess – porque sim, agora nós temos um possível triângulo amoroso. E o segundo, como o líder dos corredores – para o qual Day foi escalado – e poxa, como eu o achei legal. Com características próprias e uns comentários carregados de sarcasmos – intencionais ou não – Pascao me ganhou desde sua primeira aparição no livro. Espero sinceramente que ele ganhe ainda mais notoriedade no próximo e último livro.

E tem a Kaede – velha conhecida de Legend. A personagem/lutadora ganha um destaque e é responsável por um dos maiores acontecimentos e maior fuga do livro. É impossível não se afeiçoar a ela muito mais que no primeiro.

O mais interessante no livro são as proporções que a estória, por si só, tomou. Agora a autora traz a estória muito mais para nossa realidade, justificando algumas passagens por catástrofes que ou já acontecem, ou não estão muito longe de acontecer. Cita exemplos de desastres naturais, e de países, ou seja, de certa forma ela amplia nossa visão para o mundo, não se restringindo apenas ao país futurista no qual a estória se passa – embora isso fique em foco em toda a narrativa.

E como em toda guerra que se trave, pessoas morrem. Já prometi que não mais me entregaria a uma distopia com a visão de que tudo acabará bem e ponto. Mas isso acaba sendo inevitável, e ainda mais com Prodigy. Aconteceram tantas coisas que me deixaram... Sei lá... Com sentimentos confusos - no bom sentido da expressão.

Tudo é muito incrível e mais uma vez, Marie Lu conseguiu me surpreender. Prodigy cumpre mais que bem a missão de tornar melhor uma continuação: ele consegue ser melhor e mais emocionante que o primeiro. Cheio de ação e com personagens cativantes, este segundo volume da trilogia mostra como uma boa distopia tem de ser.

Boa Leitura!

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5 comentários:

  1. o que mata é esperar as continuações, acho que isso me desanima mais ainda quando vejo livros em sequencias, parece um bom livro, com uma história envolvente, deu pra ver que você curtiu
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  2. Legend é um livro que quero ler muito, desde o lançamento, mas que ainda não tive oportunidade de ler. Essa continuação parece ser muito eletrizante.

    http://mundodosmngas.blogspot.com.br/

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  3. parece ser um livro bem interessante!! quero ler!

    Beijos,

    Blog- Venha visitar
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  4. Vou incluir na minha estante para futura leitura, parece ser interessante, beijos!

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  5. Como assim você me deixou MORRENDO de vontade de ler Prodigy agora?
    Eu gostei bastante de Legend e agora PRECISO de Prodigy, Oh, que droga!

    Um beijo,
    Luara - Estante Vertical

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