quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

[Resenha] Escola, os piores anos da minha vida - James Patterson e Chris Tebbets

Título: Escola, os piores anos da minha vida
Título Original: Middle School, the Worst Years of My Life
Autores: James Patterson e Chris Tabbetts
Editora: Arqueiro
N° de páginas: 287
Sinopse: É o primeiro dia de aula em sua nova escola, mas Rafa Khatchadorian já sabe que será o pior ano de sua vida. Como se não bastassem seus problemas em casa, agora ele terá que descobrir como sobreviver ao sexto ano. Por sorte, Rafa bolou o melhor plano de todos os tempos: ele se propôs a quebrar todas as regras do colégio, valendo pontos. Porém, professores, pais e valentões não curtiram essa ideia mirabolante. Será que o plano vai passar de mágico a trágico?


Nota Pessoal:
Rafa está prestes a entrar no temido sexto ano. O garoto é quase que uma válvula de escape – na falta de adjetivo melhor - para problemas.Com uma mãe que passa mais tempo fora que dentro de casa – afinal ela precisa pôr comida na mesa – e uma irmã encrenqueira e briguenta, a vida desse pequeno garoto não poderia estar pior. Poderia?!
Sim, poderia. É chegado o tão temido sexto ano. Escola nova – opa, nem tão nova assim -  amigos novos e uma série de regras impostas para tentar impedi-lo de aproveitar a vida e ser feliz. Mas por que Rafa deveria cumprir todas as regras, se ele poderia ser feliz quebrando-as?! E é aí que começa a mirabolante operação R.A.F.A para tornar sua vida na escola, menos complicada.
Mas isso não seria tão fácil. Não quando se tem um amigo imaginário chamado Leo, ditando todas as regras dessa operação e fazendo Rafa seguir a risca, com o princípio básico de não prejudicar ninguém, somente a ele mesmo. E a cada regra quebrada, pontos seriam validados para quem sabe um futuro prêmio.
Além de tudo isso, Rafa ainda tem que enfrentar uma professora, que o garoto apelidou carinhosamente de Mulher-Dragão, um garoto três vezes maior que ele e que o inferniza sempre que pode – e quando digo sempre, quero dizer que o garoto não pode respirar sem entrar em confusão – e sentir-se apaixonado por uma garota.
Acho que o Rafa é o típico garoto passando por aquela fase de rebeldia. Ele é birrento, encrenqueiro e faz de tudo para arrumar confusão. E isso ficou fácil quando ele criou esse amigo imaginário de nome Leo Caladão – que para mim é o ‘vilão’ da história toda, se assim podemos dizer.
Mas, independente de qualquer coisa, eu realmente gostei do Rafa. Não que eu concorde ou apoie todas aquelas atitudes dele, mas tiveram coisas que me levaram a pensar sobre o que motivava – além do fato de toda a fase criança/adolescente quando queremos mostrar quem somos e para que viemos – a fazer todas aquelas coisas. Tem o Leo Caladão, tá bom, mas acho que muitos foram os motivos, além da pressão do amigo imaginário.
A narrativa é feita pelo próprio Rafa de modo despojado e divertido, o que torna o personagem ainda mais vivo. Ele é como um amigo, daqueles encrenqueiros e que vivem se metendo em confusão, mas no fundo é um garoto bom.
O livro é cheio de ilustrações que conectam-se perfeitamente a história – na verdade, elas falam por si só. Isso torna a leitura mais interativa e divertida. E acho que um dos pontos altos do livro é justamente isso, o modo despojado e a interação personagem/leitor criada pelos autores.
Mas não se enganem e esperem uma grande história. Apesar de todo o divertimento que ela propõe, é extremamente infantil – ou infanto-juvenil – e pode não agradar a todos. Decerto que é uma história engraçada e divertida e irá agradar muito as crianças e/ou pré-adolescentes que estão entrando nessa fase do Rafa, mas fato é que nenhum tema de grande importância é verdadeiramente aprofundado no livro. Talvez o bullying, mas no contexto em si, ele não é aprofundado ou relatado como algo sério, afinal temos a história narrada pelo próprio Rafa – e isso nos dá uma visão extremamente infantil do problema real, ou seja, o garoto não consegue enxergar a gravidade da situação.
Uma personagem que muito me intrigou foi a mãe do Rafa. Eu não gostei dela e tenho meus próprios motivos. Primeiro que acho que ele merecia mais atenção. E eu sei que ela precisava trabalhar para sustentar a casa e tudo o mais, mas poxa, o garoto estava passando por uma fase complicada na escola, e ela só trabalhava, trabalhava e trabalhava?! Segundo que ela não conseguia enxergar o mundo a sua volta, sério, como uma mulher pode morar com um homem, sabendo que ele não gosta dos seus filhos, não trabalhava, e ainda sustenta ele. Não dá pra aceitar.
E você enxerga toda essa situação através do Rafa, e apesar de todo, acho que o garoto é sim compreensível e você consegue ver que ele gosta realmente da mãe. E também é perceptível que lá no fundo ele era um garoto bom. Sim, eu sei que às vezes ele era chato, insuportável e eu tinha vontade de entrar no livro e dá uns bons puxões de orelha nele, mas eu também vi que era só aquela fase do ‘eu sou Rafa, e vim mostrar quem sou, ninguém pisa em mim e eu vou quebrar todas as regaras, sem prejudicar ninguém’.
O que eu acho mesmo é que ele precisava de um pulso mais firme. Afinal ele aprontava e aprontava e ninguém parecia fazer nada, acho que isso o motivou a continuar fazendo coisas erradas pelo simples fato de querer ser notado – mesmo que pelas coisas ruins que poderia fazer.
Apesar de não ter uma mensagem explícita – e o objetivo de passar uma mensagem para o leitor, é sempre ou quase sempre o intuito desse tipo de livro – os autores souberam criar uma historinha que muitos podem encarar como boba, mas que no fundo, traz sim mensagens que podem ser extraídas.
Na verdade, a história faz parte de uma série, e esse é o primeiro volume. Com certeza irei ler os outros.
BOA LEITURA!!!




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2 comentários:

  1. Parece que depois de ler sua resenha pude concluir que uma maldição ronda o 6° ano! haha.
    Adorei seu blog, vou acompanhar e seguir, abaixo o link do meu para uma visita!

    http://blognerdental.blogspot.com.br/

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  2. Oi, Rô! Como você tá? *-*

    Bom, eu não tenho muita vontade de ler esse livro mas, graças a Deus, não tive problema no meu sexto ano haha. E, what?, ele tem um amigo imaginário? Estranho... mas ok. Com uma mãe que não dá atenção pra ele, é bem óbvio que ele ia aprontar bastante pra chamar atenção.

    Beijocas!

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