sexta-feira, 4 de outubro de 2013

[Resenha] Laços Inseparáveis - Emily Giffin



Título: Laços Inseparáveis

Título original: Where We Belong

Autora: Emily Giffin

Editora: Novo Conceito

Nº de páginas: 445

Sinopse: Marian Caldwell é uma produtora de televisão de 36 anos, vivendo seu sonho em Nova York. Com uma carreira bem-sucedida e um relacionamento satisfatório, ela convenceu todo mundo, inclusive si mesma, que sua vida está do jeito que ela deseja. Mas uma noite, Marian atende a porta... para apenas encontrar Kirby Rose, uma garota de 18 anos com a chave para o passado que Marian pensou ter deixado para trás para sempre. Desde o momento que Kirby aparece na sua porta, o mundo perfeitamente construído de Marian — e sua verdadeira identidade — será chacoalhado até o fim, fazendo ressurgir fantasmas e memórias de um caso de amor apaixonado que ameaça tudo para definir quem ela realmente é. Para a precoce e determinada Kirby, o encontro vai provocar um processo de descobrimento que a leva ao começo da vida adulta, forçando-a a reavaliar sua família e seu futuro com uma visão sábia e doce. Enquanto as duas mulheres embarcam em uma jornada para encontrar o que está faltando em suas vidas, cada uma irá reconhecer que o lugar no qual pertencemos normalmente é onde menos esperamos — um lugar que talvez forçamos a esquecer, mas que o coração se lembra eternamente.

Nota Pessoal:

Laços Inseparáveis traz uma história emocionante. Comecei a ler o livro sem grandes expectativas – na verdade, quando o tirei da estante, pensei que seria uma historinha legal que talvez não trouxesse um enredo tão grandioso e particular -, mas a história da Marian e da Kirby é algo que deixará todos os leitores reflexivos e felizes pela oportunidade de lê-la. Toda a obra é realmente maravilhosa – desde seus personagens, até seus diálogos e a forma como a autora intercalou os capítulos (narrados por Marian e Kirby). É daquelas histórias que te faze rir chorando; que tocam o mais duro dos corações; que mostra a beleza de uma vida imperfeita; as falhas e frustrações de seres humanos que fizeram escolhas erradas... E se arrependeram.

Marian é uma produtora de tv bem sucedida e não poderia estar melhor; com um namorado rico (e que ‘aparentemente’ também a ama) ela sabe muito bem administrar sua vida – deixado o passado ‘quase esquecido’.

Kirby é uma jovem adotada. Agora, com 18 anos, ela resolve encontrar sua família biológica; encontrar algumas respostas para as perguntas que ela se fizera ao longo de sua vida. 

E é quando, num dia em que tudo parecia estar dando errado na vida de Marian, Kirby bate em sua porta, e ela descobre que seu passado não poderia ser jogado de lado. Mãe e filha se veem frente a frente, travando uma batalha interna e tentando quebrar o gelo de 18 anos de separação.

Como tudo na vida é uma questão de escolhas, Kirby quer saber todos os porquês que a atormentaram durante anos. Enquanto Marian luta ferozmente para manter o passado o mais longe, as duas embarcam em uma aventura de autodescoberta e percebem que talvez a frase que mais faz sentido nas suas vidas é: O lugar ao qual pertencemos é onde menos esperamos nos encontrar.

O livro traz questões ‘cotidianas’ como adoção, relacionamento adolescente com os pais, amor, sexo; enfim, todo o cenário é composto por coisas básicas que não estão longe da nossa realidade. Emily Giffin soube trazer essa realidade para a obra sem perder a essência ou artificializar demais os assuntos abordados. Tudo é muito palpável e próximo – e o fato da autora ter dado ambas as perspectivas (intercalando capítulos entre Marian e Kirby) aproxima o leitor da realidade contida no livro.

Para mim, o ponto mais forte são os personagens. Eles são tão imperfeitos! E sabem disso. Melhor, reconhecem isso e à medida que tudo vai acontecendo, percebem que escolhas trazem consequências e cedo ou tarde elas baterão à sua porta e exigirão mudanças bruscas em sua vida. 

" Eu sabia exatamente o que queria - quem eu queria - e acreditava que poderia chegar lá através de puro esforço e determinação, do mesmo modo como tinha, obstinadamente, ido atrás da minha carreira na televisão." Pág: 17
Marian foi de longe a personagem mais encantadora; não por se tornar perfeita, mas por evoluir continuamente e aprender a encarar as consequências de escolhas erradas; por continuar sendo imperfeita – mas sabendo que mesmo que difíceis, as decisões corretas sempre te levarão ao melhor final, sempre. Kirby me deixou intrigado principalmente pela audácia e determinação; ao mesmo tempo que consegue ser ‘durona’, ela é sensível e por mais ‘dificuldades adolescentes e blá blá blá’ que ela teve (e sim, ela é bem típica, às vezes chata e tudo mais) ela consegue encantar o leitor com seu jeitinho de encarar o mundo. Enfrentar barreiras e buscar suas próprias convicções – e isso implica naquilo de quebrar à cara para aprender.

" - Admita. Você o amou - ela afirma. - Você realmente o adorou.
- Ele é legal - digo, recusando a admitir até mesmo para minha melhor amiga que eu estou um pouco apaixonada, minha primeira paixonite por alguém que não é famoso ou pelo senhor Tully." Pág: 265

E acho que foi essa a maior lição que eu pude tirar desta história: quebrar à cara para aprender. Que em algum momento da sua vida, você vai fazer escolhas erradas; e principalmente, vai aprender com elas. É meio um ‘é vivendo que se aprende a viver’ em 445 páginas. É tão incrível!

A saga de Kiby em busca de respostas estimula o leitor à página seguinte, e eu me vi lendo freneticamente, torcendo, rindo, e tendo todas as emoções que a Emily consegue passar através da história. As cenas são muito bem elaboradas e pensadas e cada coisa acontece por vez. Nada é corrido e o felizes para sempre é um tanto quanto diferente desses que eu estava acostumado a ler – por favor, eu quero uma continuação dessa história.

É uma história linda, real e perfeita – sendo imperfeita. Foi um dos poucos livros que me surpreenderam, positivamente falando, de todas, ABSOLUTAMENTE todas as formas. 

Boa Leitura!


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6 comentários:

  1. Oi Ronaldo :)

    Até hoje o único livro que li da Giffin e gostei muito foi Questões do Coração, achei ele magnífico e pretendo ler outro livro dela muito em breve, abraços cara !!

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/

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  2. Vou ler meu primeiro livro da Emily Giffin, ainda, mas acho ela é estilo Lucinda Riley: selo de livros apaixonantes, haha!

    Ótima resenha!

    @mmundodetinta
    maravilhosomundodetinta.blogspot.com.br

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  3. Adoreiiii...acabei de ler o livro. .ficou um gostinho de quero, necessito e preciso saber a continuacao dessa bela historia de vida.
    Alguém sabe dizer se vai ter continuacao?

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  4. Acabei de ler o livro e queria saber se Marian vai ter outro filho com o Conrad ainnn tão lindo esse livro. Esse é o quarto livro da Emily que leio este ano. Estou apaixonada por cada um deles!

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  5. eu li mas na verdade nao gostei!! sei que é dificil pra uma garota ter um filho, mas quando ela conhece a filha ela age como se fosse só mas umas das repórteres, que vem entrevista-la.
    e ela deveria ter contado ao conrad pois era responsabilidade dos dois, ele deixou claro que nao obrigaria ela fazer nada.
    mesmo que ele nao quisesse a criança ele saberia q ela existe.
    e isso deixou a Lynn com um pouco de ciumes, o que seria natural para verdadeiros como eles!! nao acharia kirby magoa-los e preferir Conrad y marian

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