domingo, 10 de fevereiro de 2013

[Resenha] Sangue Quente - Isaac Marion

Título: Sangue Quente
Título Original: Warm Bodies
Autor(a): Isaac Marion
Editora: Leya
N° de Páginas: 252
Sinopse: R é um jovem vivendo uma crise existencial - ele é um zumbi. Perambula por uma América destruída pela guerra, colapso social e a fome voraz de seus companheiros mortos-vivos, mas ele busca mais do que sangue e cérebros. Ele consegue pronunciar apenas algumas sílabas, mas ele é profundo, cheio de pensamentos e saudade. Não tem recordações, nem identidade, nem pulso, mas ele tem sonhos. Após vivenciar as memórias de um adolescente enquanto devorava seu cérebro, R faz uma escolha inesperada, que começa com uma relação tensa, desajeitada e estranhamente doce com a namorada de sua vítima. Julie é uma explosão de cores na paisagem triste e cinzenta que envolve a "vida" de R e sua decisão de protegê-la irá transformar não só ele, mas também seus companheiros mortos-vivos, e talvez o mundo inteiro. Assustador, engraçado e surpreendentemente comovente, Sangue Quente fala sobre estar vivo, estando morto, e a tênue linha que os separa.

Nota Pessoal:
Ler ‘Sangue Quente’ foi realmente, travar uma batalha interna comigo mesmo. É uma questão estritamente pessoal – eu não consigo aceitar os fatos que os autor propõe. Mas vamos a estória.
‘R’ – isso mesmo, esse é o nome do personagem principal do livro – é um zumbi que vive em um aeroporto com seu amigo ‘M’ e mais alguns zumbis que ali se alojaram. O mundo está mudado, e poucos são os sobreviventes que conseguiram escapar dessa ameaça zumbi. ‘R’ é um zumbi diferente. Em seus primeiros estágios de apodrecimento, ele ainda tem seu corpo quase que normal, e como ele próprio diz, pode passar por um homem que precisa de férias – dá pra acreditar nisso gente?!.
Com fome, os zumbis ‘amigos’ de ‘R’ vão até a cidade para caçar suas presas. Um grupo de pessoas. O cheiro inevitável de sangue e carne quentes. O ataque começa e é travada uma batalha entre os humanos do grupo e os zumbis. ‘R’ ataca Perry e come um pedaço do seu cérebro. E então tudo acontece. Primeiro alguns borrões da vida do garoto. Mais um pedaço, e a própria vida do garoto começa a fazer parte da sua.
Uma garota: Julie. Já foi namorado do Perry, e agora ‘R’ com as memórias do próprio garoto sente-se atraído por Julie. No emaranhado de sangue da pequena luta, ‘R’ decide que levar Julie para o aeroporto seria uma boa escolha, antes que alguns dos outros zumbis a atacassem.
Só que a comunicação entre os dois é muito ruim. ‘R’ não consegue pronunciar as palavras direito e não sabe como explicá-la o porquê de tudo aquilo.
Os dois começam então a ter um ‘relacionamento’ meio que superficial. Ele um zumbi – e um zumbi muito bem apanhado – Ela, uma garota normal. Decidida a não viver mais entre todos aqueles zumbis, escondendo-se e não tendo o que comer direito, Julie quer ligar para o pai e voltar para o Estádio – local mais seguro para os humanos.
‘R’ já apaixonado quer ir a todo custo com seu grande amor. Mas ela parte sozinha deixando o coração do nosso pobre zumbi – zumbi tem coração, sentimentos?! – estraçalhado.
Não aceitando esse fato, ‘R’, o zumbi bonitão *Haha* vai atrás de Julie. Mas o que ele não esperava era as conseqüências que isso o traria.
O livro é...bom. Mas é só isso. Como já disse, eu relutei muito antes de ler o livro, e só o li agora pelo fato do filme entrar em cartaz esse fim de semana.
Eu já sabia sobre o que se tratava. Na verdade eu já sabia quase que a estória toda. E ao me deparar com a leitura posso dizer que a escrita do autor me surpreendeu. Ele escreve muito bem, com uma narrativa muito envolvente e com bons personagens.
Só que tem coisas que não dá pra aceitar. Como um zumbi pode pensar, falar, se apaixonar, e ainda assim não apodrecer como os outros?! Eu sei que é uma coisa diferente, mas eu simplesmente não aceito nadinha de nada sobre esses zumbis de sangue quente. Acho que por o assunto ‘Zumbi’ me interessar bastante, e eu ser fã de “The Walking Dead”, isso influenciou muito a leitura.
Eu achei tudo muito bonitinho, aquele amor platônico de ‘R’ por Julie, o que sucedeu em um amor mutuo e tal, mas eu acho ‘Sangue Quente’ uma grande sátira aos zumbis. A estória é bem desenvolvida, tem cenas românticas, eletrizantes e as últimas páginas são de tirar o fôlego, até o autor inventar de colocar uma coisa tipo ‘anh, o que é isso?!’. Eu sei que o final agradou muitos leitores – e eu acredito muito nisso – só que foi algo que não me convenceu completamente.
Quando terminei a leitura eu disse a mim mesmo: Isso foi só uma grande piada sobre zumbis.
Acho que o livro arranca muito opiniões positivas dos leitores. E realmente é uma estória boa. A capa do livro é bem legal, e remete bastante a estória, mas o livro tem umas ilustrações bem feias e sem noção no começo dos capítulos.
Então...
BOA LEITURA!!!

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Um comentário:

  1. Hey, Rô!

    Entonces, eu ganhei o livro de aniversário mas confesso para vc que esse lance de zumbis e tal não é a minha praia :( E depois que eu vi o trailler do filme, fiquei com o pé atrás sabe? Achei muito bobalhão. E tipo, você falou que o nome dos personagens sao apenas iniciais (??) e ainda tem esse lance de nao conseguirem se comunicar, nao sei bem como conseguiria lidar com isso.

    Beijos,

    Raphaela

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