quinta-feira, 11 de abril de 2013

[Destaque Nacional] O maníaco do circo e o menino que tinha medo de palhaços - Leonardo Barros

Título: O maníaco do circo e o menino que tinha medo de palhaços
Autor: Leonardo Barros
Editora: All Print
N° de páginas: 274
Sinopse: O Maníaco do Circo” aborda o tema da psicopatia, da fobia, e conta a história de Renato, uma criança com personalidade psicopata que, através de sonhos e alucinações, constrói um mundo mítico onde os palhaços são manifestações materiais de um demônio. O garotinho cresceu e se tornou um homicida missionário. Sua missão: tentar purificar as almas possuídas por esse demônio, ou livrar o mundo de sua ameaça. O leitor vai acompanhar a gênese da loucura, a espontaneidade da primeira execução e a necessidade que o psicopata tem de dar continuidade a uma sina mórbida, tão necessária para ele quanto o próprio ar. Até que a história se complica com o aparecimento de um criminoso, apelidado de “Maníaco do Circo”, que assola a cidade, deixando todos perplexos com a sua crueldade. Quem é o Maníaco do Circo? Quem se esconde por trás da maquiagem de palhaço? Esse mistério, somente você poderá desvendar!

Nota Pessoal:
“Aprendi que uma única palavra pode causar estragos maiores que uma bala de revólver...” Pág:78
Mais que um mero romance policial, ‘O maníaco do circo’ é um thriller psicológico um tanto quanto surpreendente, sobre como um trauma iniciado na infância pode trazer consequências futuras drásticas.
Renato é um menino ‘esquecido’ pela mãe. Ele é aplicado, estudioso e faz tudo para seguir as regras impostas. Mas o garoto sofre de asma, e sua mãe está sempre culpando-o de tudo de errado que acontece.
Não tendo dinheiro suficiente para comprar e manter o tratamento do garoto, sua mãe apela para a arma mais forte que tem: o corpo. E foi em uma das visitas ao médico que ela começou a insinuar-se para o doutor, conseguindo assim os remédios necessários para amenizar as crises de Renato.
Só que ela era ocupada demais, e não tinha controle quanto ao uso dos remédios controlados. E é a partir daí, com o uso exacerbado e fora de hora, que o garoto começa a criar medos e traumas, a princípio de sua luminária, que exibia minúsculas imagens de palhaços, transformando-se em uma bola de neve, ao criar no subconsciente a imagem de que palhaços eram seres demoníacos.
Uma mudança brusca no cenário, e Renato já encontra-se em sua fase adulta. Uma fase que provou-se uma das piores, por criar a situação de necessidade de exterminar todo e qualquer palhaço da terra. Pior que isso, ele criou a ilusão de ter que acabar com toda e qualquer pessoa que usasse a cor vermelha.
De um ponto de vista geral – da história como um todo – eu gostei bastante do que li. Porém, nem todas as minhas expectativas foram supridas. Não pelo fato de eu ter achado o livro ruim – porque eu não achei – mas por ter criado expectativas demais.
A parte que não gostei foi o desenvolvimento. O começo e o fim foram as melhores  – o começo por ser a introdução de tudo: os motivos que levaram Renato a ter esse trauma, o terror psicológico que ele vivia dentro de si mesmo – e o fim – porque eu senti a mesma genialidade do livro mais recendo do autor: ‘Presságio’, surpreendente, inimaginável e um tanto satisfatório...ou esperado, mas não previsível.
Gostei do fato do livro apresentar histórias aparentemente independentes, desconexas e desnecessárias, mas que no fundo são/foram de fundamental importância para dar um suspense e um clímax ao final do livro.
Além do livro apresentar personagens muito bem construídos. O que eu quero dizer, reafirmando o que já falei, é que o autor construiu cenas isoladas, que poderiam passar despercebidas por a princípio não apresentarem nenhuma ligação perceptível com o enredo no geral – porque quando você começa a ler, seu foco fica total e completamente na história de Renato – mas que são fundamentais para você entender todo o contexto que o livro propõe.
Exemplo disso é a personagem Brenda, que é apresentada como uma das próximas vítimas de Renato, quando na verdade seu destaque no livro seria muito mais significativo. Ela é uma personagem que me surpreendeu pelo passado traumático, mas que independentemente disso soube superá-lo – claro que não completamente – e tirar uma lição para sua vida.
Em contrapartida – e depois de um início muito bom – achei o desenvolvimento um pouco fraco e cansativo. Algumas coisas foram realmente desnecessárias e eu acabei achando que ficou um vácuo entre um bom início e um ótimo final.
Se foi um livro que me surpreendeu?! Sim, muito. E isso não contradiz minha opinião de que não superou tudo que eu esperava. Na verdade, no contexto da história o final foi o mais surpreendente e necessário para torná-la boa.
Bom...se você gostou da temática do livro, com certeza eu recomendo. Mas lembre-se que mais que um romance policial, o livro apresenta-se como uma trama psicológica, que mostra até onde seus medos e traumas da infância podem afetar sua vida adulta.
BOA LEITURA!

Comente com o Facebook:

Um comentário:

  1. Vixi,parece que todo Renato é psicopata né?? KKKKKKK me lembrei do meu ex okapokaoakoaa #Tenso.

    ResponderExcluir