Título: O
Grito Vermelho – A sinfonia da morte.
Autor: Bruno
Godoi.
Editora: Novo
Século.
Nº de páginas: 317
Sinopse: Um
crime: doze corpos encontrados em uma região mística do norte da Mongólia. Um
agente especial francês em luta contra seus mais íntimos inimigos: “os próprios
pesadelos”. Um padre exorcista do Vaticano. Um assassino letal e misterioso que
cruza o caminho das investigações do governo francês e do Vaticano, pondo em
risco a segurança dos agentes e dos padres. Segredos são aos poucos
apresentados e revelam as angústias e os pecados impressos nos homens. O Grito
Vermelho: o lamento silencioso da alma…
Nota
Pessoal:
Uma história genialmente pensada; uma trama que instiga e intriga;
carregado de tensão e suspense, o livro cumpre o que promete e vai além. Muito
mais que um suspense policial e sobrenatural, a história criada pelo autor é um
convite para desvendar um mistério quase impossível e inexplicável: o mistério
dos doze corpos.
Em uma região da Mongólia, é encontrado doze corpos sem cabeça. A equipe
de Simon é enviada para a região em busca de respostas. Tudo parece
inacreditável e impossível: não há explicação lógica ou química para o
acontecido; teorias são discutidas por todos os membros da equipe, mas não
parece responder a principal pergunta: quem cometera aquele crime? Como tudo
aconteceu?
O Vaticano recebe uma mensagem misteriosa um dia antes do acontecido. Um
provável aviso sobre as sombras que estavam prestes a se abater sobre a região
onde os corpos foram encontrados. Padre Antoní Kazarras é enviado para dar
informações que poderiam ajudar a investigação.
Pistas desconexas começam a surgir... Um antigo padre teria mandado a
mensagem de aviso ao Vaticano? Que relação poderia haver entre todos os
envolvidos naquele caso?
Cenários distintos ganham cena em meio a tantos mistérios; depois de
voltarem para a França sem nenhum resultado, pistas começam a aparecer: um
possível envolvimento com alguém do Brasil desencadeia uma busca por
respostas... E enquanto parte da equipe é enviada novamente para a Mongólia,
outra é destina a ir ao Brasil para a verificação da possível resolução.
O mais intrigante de todos os mistérios encontra-se no personagem
central dessa história: Louis Simon, o misterioso agente que parece guardar
segredos obscuros. Quem seria esse homem? Que traumas ele carregaria?
“ Acenda uma luz nas trevas que existe dentro de você, a
escuridão que há em nós é muito mais densa e perigosa do que a noite que cai
sobre o mundo.” Pág: 85
O Grito Vermelho – A sinfonia da morte é um dos melhores suspenses
sobrenaturais/policiais que já tive a oportunidade de ler. O ar de mistério
está presente desde a primeira página e acaba tornando-se inevitável a sede de
respostas que nós, leitores, acabamos absorvendo através dos personagens. É
incrível como cada detalhe é realmente de extrema importância para o desenrolar
dos fatos.
Tive que me ater a todos os detalhes para compreender e tentar decifrar
o enigma que é o livro. Eu fiquei tão intrigado com tudo, que sim, li o livro
duas vezes para tentar captar tudo que o autor propõe: a ligação entre as
histórias paralelas; a sombra misteriosa; as intrigas pessoais dos personagens;
as peças que são perfeitamente encaixadas e faz você ter certeza de que o autor
é sem dúvidas um grande nome do gênero – policial.
Outro detalhe importante, que não pode ser ignorado, é a profundidade
dos cenários que, sem dúvidas, ajudam a compor a atmosfera de um bom livro de
suspense. Além de uma história original, os lugares onde se passam as histórias
dão um toque melodramático ao enredo.
Os personagens possuem características próprias, e acho que cada um é um
enigma por si só. O Simon, por exemplo, é o mais intrigante por tudo que diz
respeito a ele ficar subentendido – consequentemente, nos próximos livros saberemos
o tal segredo dele. Adam, Deneuve, Patrick, Susannah – e toda a equipe de
investigação – formam um time incomparável. Ao mesmo tempo que têm traços
marcantes e são bem caracterizados, eu achei legal – e essa é realmente a
essência de uma boa equipe – o fato de um ser total e completamente diferente
do outro, e mesmo assim saberem compartilhar e trabalhar em equipe.
O livro é um quebra-cabeça difícil de ser solucionado. A incrível
história criada pelo autor é notável e ele traz muito bem a essência de como
deve ser um bom romance policial. É dinâmico, as cenas são escritas em um ritmo
que colabora para que a leitura seja ao mesmo tempo agradável e insaciável, e
tem momentos que o leitor – ao menos, eu – perde o fôlego de tão bem
explorados que são os acontecimentos.
Os elementos que o autor incutiu no livro - que são característicos de
outros grandes nomes do gênero policial – ajudou a enriquecer a história e
intrigar quem se dá a oportunidade de um envolvimento maior com tudo que está
escrito. Ele sabe dosar os demasiados sentimentos que preenchem os leitores à
medida que as páginas vão sendo passadas. É realmente incrível.
“Não existe o presente, Ricardo, pois o presente é história, o
futuro é o presente e o passado é nosso futuro. Já sabemos o final que nos
espera, mas não podemos alterar esse final. Já está escrito.” Pág: 204
Prólogo e Epílogo são passados em 1930, enquanto a história entre essas
duas partes se passa em 1960. Foi algo que chamou atenção por dar uma visão
mais ampla de tudo; é ainda mais misterioso quando você tenta fazer a ligação
entre os anos e vê que realmente cada coisa foi estrategicamente pensada. Um
plano mirabolante... Um convite para pensar nas possibilidades que a história
oferece. Aos possíveis e prováveis acontecimentos que sucederiam um ato
impensado... O livro é um verdadeiro campo minado; o que acaba por desafiá-lo a
descobrir o real segredo que a
história esconde.
Desafiadoramente misterioso; intrigantemente aterrorizante;
Demasiadamente dramático; Uma obra prima da nossa literatura que, sem sombra de
dúvidas, agradará os amantes desse gênero literário, e servirá como introdução
aos livros que mesclam horror, drama e mistério em uma história ímpar e
enigmática.
Boa Leitura!
P.S.: O livro
é o primeiro de uma trilogia intitulada O
Grito Vermelho; a edição contêm imagens que remetem a história e estão
diretamente ligadas aos fatos descritos.
Estou com esse livro aqui em casa pra ler e surtei ao ver as ilustrações nele q.q
ResponderExcluirParabéns pela resenha =D
www.umomt.com
Que bacana, Ronaldo. Adorei seu post. Fico muito feliz que tenha "abstraído" seu próprio Grito. :-) Muito bom mesmo. Obrigado. ;-)
ResponderExcluirAdoro livros com essa temática. Sua resenha me instigou a colocar esse livro na minha imensa lista de desejados. Parabéns pela resenha :)
ResponderExcluirAbraços.
http://musicaselivros.blogspot.com.br/
Oie, minha amiga vim te visitar =D
ResponderExcluirEu já tinha visto essa capa e algo a respeito dele, mas nunca parei para ler realmente. Essa é a primeira resenha, nossa, gostei bastante, estou vendo que o livro é bem envolvente com uma trama surpreendente, quero ler!
Beliscões carinhosos da Máh :)
Cantinho da Máh
@Maaria_Silvana